Rob Liefeld é, sem dúvida, um dos nomes incontornáveis quando falamos de quadrinhos mainstream norte-americanos. Conhecido por sua arte, digamos, controversa, ele é dono de um estilo que divide opiniões, mas que é facilmente reconhecível, goste você ou não. Com quase quatro décadas de carreira, Liefield anuncia um livro de memórias para o ano que vem, batizado de Robservations.
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Robservations trará ainda 10 ilustrações originais e promete trazer detalhes de bastidores da indústria dos quadrinhos, além de detalhes pessoais do artista, que ficou conhecido por seu trabalho com super-heróis, sobretudo no início da editora Image. Ele também é o criador do personagem Deadpool, que ganha seu terceiro longa este ano.
Liefeld fez sucesso nos anos 1990, no auge dos quadrinhos de super-heróis mais voltados para ação. Ele foi responsável por ajudar na criação de uma gama de personagens na Marvel, como a X-Force e fez parte de uma geração responsável por um boom de HQs do período. As histórias hoje são bastante criticadas pelo roteiro, mas fizeram sucesso pela renovação no estilo e design, com forte impacto visual.
Liefeld no entanto acabou tornando-se uma figura controversa por conta dos seus desenhos exagerados, com excesso de músculos, poses impossíveis e equipamentos absurdos, em personagens como Cable e Dominó. Hoje, ironicamente ou não, Liefeld mantém muitos admiradores de sua arte considerada inovadora por ousar ir de encontro ao realismo que imperava nos quadrinhos mainstream.
Rob Liefeld fez parte de uma leva de autores que saiu da Marvel após uma batalha por direitos autorais e formou a Image Comics. Anos depois ele retornaria à editora para criar a infame série Heróis Renascem.
“Tive um caso de amor ao longo da vida com histórias em quadrinhos. Eles têm sido minha paixão desde os 7 anos de idade”, disse Liefeld em comunicado à imprensa. “Tive a sorte de entrar no mundo dos negócios quando era adolescente, nos anos 80, e vi cinco décadas de mudanças tremendas, muita agitação e muita rebelião e traição. Alguns dos quais eu comecei.”
Não há previsão de lançamento do livro no Brasil. [Com informações do The Beat]