Morre a escritora Maryse Condé, aos 90 anos

Autora guadalupense construiu sua obra abordando temas como racismo, colonialismo e questões de gênero, tendo o Caribe como centro

Copia de Post Noticias Padrao 47
Autora estava se recuperando de um acidente vascular cerebral (Foto: Reprodução/ X)

Morreu nesta terça (02) a escritora Maryse Condé, aos 90 anos. A causa de sua morte ainda não foi confirmada, mas sabe-se que Condé estava em recuperação de um acidente vascular cerebral enquanto estava internada em um hospital na cidade de Apt. A notícia de sua morte foi dada por seu marido, Richard Philcox.

A escritora tinha mais de 30 obras publicadas, com cerca de 20 sendo ficção. Em suas histórias Condé abordava racismo, colonialismo, questões de gêneros e mais, sempre mantendo no centro a tradição caribenha, cenário cultural que a criou. A autora nasceu em Pointe-à-Pitre, maior cidade do arquipélago de Guadalupe, território francês, e depois morou em Paris para estudar. Foi na França que Condé teve contato com o racismo e percebeu que era intelectualmente subestimada por ser uma mulher negra.

Outro período marcante na vida de Condé foram seus anos morando e lecionando na Guiné Equatorial. Em sua passagem pelo país e pelo continente africano, a escritora tomou mais conhecimento da Diáspora Africana e outros pontos do debate racial e decolonial.

No Brasil seus títulos tem publicações pela editora Rosa dos Tempos, o braço de literatura feminista da editora Record. “Eu, Tituba: bruxa negra de Salém”, “O evangelho do novo mundo”, e “O fabuloso e triste destino de Ivan e Ivana”.