Integrante das Pussy Riot desaparecida foi transferida para Sibéria, diz governo russo

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Foto: PA via NME
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Depois de muita pressão internacional, o sistema penitenciário russo revelou a localização da integrante das Pussy Riot, Nadezhda Tolokonnikova. Ela foi transferida para uma prisão na Sibéria, região remota e pouco habitada no norte do país.

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Um comunicado, citado pelo Independent, disse que ela foi transferida para a província de Krasnoyarsk, ou Krai como chamam os russos. Essa mudança seria parte de um desejo da própria artista, que é natural de Norilsk, cidade que faz parte dessa mesma região. Antes de chegar à nova prisão ela passou um período de quarentena de 10 dias, onde ficou sem comunicação.

Antes do anúncio dessa transferência, a falta de informação sobre a artista levantaram suspeitas de que ela estaria desaparecida. A informação chegou a ser negada pelo governo russo, mas de forma muito vaga. Segundo o marido de Nadezhda, Petya Verzilov, essa transferência irá complicar ainda mais a comunicação dela com a família, que vive em Moscou.

Integrantes da banda foram presas depois dessa apresentação (Reprodução - YouTube)
Integrantes da banda foram presas depois dessa apresentação (Reprodução – YouTube)

Verzilov disse ao Guardian que a mudança serve para ofuscar o caso das Pussy Riot da grande mídia. “Eles não podem submeter as meninas à pressão psicológica e física usados como fazem com todas as detentas por causa da repercussão do caso. Por isso eles escolheram fazer essa transferência como um tipo de punição”, disse.

Nadezhda chegou a fazer greve de fome meses atrás em protesto contra as péssimas condições da prisão. Ela chegou a soltar um comunicado, citado pela NME, em que diz que suspende seu protesto por causa de sua péssima condição de saúde. Sua colega de banda, Maria Alyokhina, segue presa em Moscou. As duas cumprem pena depois de serem condenadas por “vandalismo motivado por ódio religioso” após fazerem uma apresentação na Catedral do Cristo Salvador em fevereiro de 2012 em Moscou, protestando contra as relações entre o governo russo e a igreja ortodoxa.

Elas serão soltas no ano que vem.