Festival Rec-Beat é Patrimônio Cultural Imaterial do Recife

Projeto de Lei proposto pela vereadora Cida Pedrosa foi aprovado nesta manhã na Câmara Municipal

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Hoje o Rec-Beat é um dos nomes principais no carnaval do Recife (Foto: Divulgação).

A vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) aprovou na manhã desta segunda-feira (27) o Projeto de Lei Ordinária nº 136/2023, na Câmara Municipal do Recife, que pretende tornar o Festival Rec-Beat o mais novo Patrimônio Cultural Imaterial do Recife.

O texto do projeto de lei reconhece o a contribuição do festival com a formação de um cenário musical diverso dentro do carnaval do Recife, com atrações que perpassam diferentes gerações, estilos e culturas. Além disso, o documento reconhece o comprometimento do festival com a igualdade de gênero ao estabelecer paridade entre artistas masculinos e femininos nas apresentações.

“O ‘Festival Rec-Beat’, entre outras características importantes, destaca-se por oferecer acesso livre e gratuito a uma programação diversa e requintada, o que o torna democrático e, portanto, acessível a diversas camadas da população, independentemente de sua condição socioeconômica. A gratuidade é um fator crucial para a inclusão de um público jovem e também para a formação de plateia, possibilitando o acesso a Artistas e performances que, de outra forma, poderiam ser inacessíveis.”, destaca o texto.

Ativo há 28 anos, o Festival Rec-Beat surgiu pela iniciativa do jornalista Antonio Gutierrez, mais conhecido com Gutie, que iniciou as atividades do festival no carnaval de Olinda. No início, o Rec-Beat fugia dos padrões e ritmos tradicionais do carnaval ao criar uma grade de atrações focadas no manguebeat e suas vertentes mais ligadas ao rock, o que com os anos ganhou proporções maiores e acabou tomando forma em um palco que navegue do rock, passando pelo samba, brega até a música eletrônica. Nos últimos anos, o festival ganhou relevância e público, chegando a alcançar 20 mil pessoas por noite.