Exposição Recife Nagô reverencia a história do Sítio de Pai Adão

Mostra aporta neste sábado (2), no Museu da Cidade do Recife, com registros inéditos do terreiro de candomblé mais antigo de Pernambuco

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Mostra reforça a importância social, histórica, cultural e patrimonial do Sítio de Pai Adão. (Foto: Mateus Sá/Divulgação).

A partir deste sábado (2), o Museu da Cidade do Recife recebe a exposição Recife Nagô – Imagens e histórias do Ilê Oba Ogunté por Manoel Papai, Mateus Sá e Pierre Verger, que homenageia a mais antiga comunidade-terreiro do xangô pernambucano, o Ilê Obá Ogunté, popularmente conhecido como Sítio de Pai Adão, localizado no bairro de Água Fria.

Em cartaz até 31 de janeiro de 2024, a mostra vai apresentar ao público 50 imagens, em cores, do fotógrafo e artista visual pernambucano Mateus Sá, com registros inéditos da Festa de Yemanjá, em 2022. Serão ainda exibidas 12 fotografias pioneiras, em preto e branco, do francês Pierre Verger, datadas de 1947, quando ele passou vários meses em Pernambuco, fotografando a cultura popular do estado.

Recife Nagô traz o Recife afro diaspórico na afirmação das suas identidades religiosas e dos seus lugares sociais”, ressalta Raul Lody, que assina a curadoria ao lado de Augusto Lins Soares. Além de reverenciar o primeiro terreiro de matriz africana a receber tombamento como patrimônio estadual e o segundo terreiro tombado no Brasil, a mostra também celebrará Manoel Costa, conhecido como Manoel Papai, que este ano completa 45 anos como babalorixá do Sítio.

“Esta é uma exposição para ver, ler, ouvir, sentir, refletir. Foi concebida com conteúdos inéditos e iconográficos para celebrar o terreiro de xangô mais antigo de Pernambuco. As imagens em grande formato convidam o visitante a pedir licença e entrar na história centenária do Ilê Obá Ogunté – Sítio de Pai Adão, que tem papel fundamental na formação da cultura afro-brasileira”, afirma Augusto Lins Soares, curador e designer.

Também vêm para compor a mostra a instalação “Águas de Yemanjá”, da artista plástica Thiana Santos, em homenagem ao orixá fundador das tradições Nagô no Recife; um vídeo com trechos da entrevista de Manoel Papai para a Fundação Joaquim Nabuco, contando a história e a importância do Ilê Obá Ogunté – Sítio de Pai Adão para a cultura brasileira; entre outras peças.

Programação

A programação da exposição inclui ainda dois eventos, Encontros Nagôs, no Museu da Cidade do Recife. O primeiro será na quarta-feira, 6 de dezembro, quando acontecerá um bate-papo com a participação de Manoel Papai e Raul Lody.

Já o segundo encontro acontecerá no dia 13 de dezembro. Na ocasião, haverá contação de histórias com a professora Adélia Oliveira, com a participação de alunos da Escola Municipal Poeta Solano Trindade, localizada próximo ao Sitio de Pai Adão, em Água Fria.

SERVIÇO:
Exposição Recife Nagô – Imagens e histórias do Ilê Oba Ogunté por Manoel Papai, Mateus Sá e Pierre Verger

Local: Museu da Cidade do Recife
Data de abertura: Sábado, 2 de dezembro
Período de funcionamento: 2 de dezembro de 2023 a 31 de janeiro de 2024
Horário: A visitação no Museu acontece de quarta a sexta, das 10h às 17h, e aos sábados e domingos, das 10h às 16h
Acesso gratuito