Batalha da Escadaria celebra 15 anos nesta sexta com artistas recifenses, rimas da Mata Norte e homenagens

Rimadores e rimadoras de Goiana, Vitória de Santo Antão, Paudalho e Timbaúba marcam presença nos duelos do dia 15, às 20h, no Centro do Recife

Batalha da escadia fernando gomes
Batalhas acontecem as sextas-feiras no centro do Recife. (Foto: Fernando Gomes/ Divulgação)

A Batalha da EscadariaPatrimônio Imaterial Cultural do Recife — celebra nesta sexta (15) seus 15 anos de história, resistência e expressão artística para a cultura hip hop e pernambucana. Os duelos de rima, como são chamados, acontecem no cruzamento da Rua do Hospício com a Avenida Conde da Boa Vista, Centro do Recife, e traz participações de rimadores e rimadoras de quatro municípios da Zona da Mata Norte de Pernambuco: Goiana, Vitória de Santo Antão, Paudalho e Timbaúba.

O evento também vai contar com a presença de artistas recifenses, como o cantor e músico Zé Brow, a poeta Fabi Costa, mais conhecida como Fabidonas, e Cris Poeta, além de Olira, Adriano, Rt e Eddy representando Paudalho, Timbaúba, Goiana e Vitória de Santo Antão, respectivamente. Os outros nomes que irão à comemoração estão no Instagram do Batalha na Escadaria. 

História da Batalha da Escadaria

Criada pelo produtor e arte-educador pernambucano Luiz Carlos Ferrer em 2008, a Batalha da Escadaria é elemento importante da cena urbana e periférica, principalmente no campo da arte comunitária, como rap, breaking, grafite e Dj. Atualmente, é o duelo de hip hop mais antigo do Norte-Nordeste.

Ao longo dos anos, o movimento procura estabelecer, junto com os duelos, espaços que criem interação e comunicação com base na cultura do Hip Hop .“o batalha é um projeto que leva não somente as batalhas de rimas às comunidades, mas também rodas de conversa e debates. A gente vai pra uma comunidade e ali a gente faz diálogo com o pessoal, é cultura, não é somente sobre a rima.”, afirma Ferrer à Revista O Grito!.

No total, 16 MCs entram em ação nos 15 anos da Batalha da Escadaria, com a regra de que não pode haver qualquer demonstração de preconceito. “As pessoas envolvidas com preconceito, seja racismo, machismo, homofobia, são barradas não só nos duelos do Batalha na Escadaria, mas no movimento do hip hop em geral, porque o movimento não compactua com esse tipo de atitude.”, frisa.

Coquetel Molotov 2023

Em outubro deste ano o Batalha na Escadaria volta pela segunda vez para se apresentar no festival No Ar Coquetel Molotov. A primeira participação do projeto no festival foi em 2017.  “O Coquetel Molotov é um festival importante nacionalmente, e a gente vai estar lá comemorando os 20 anos do festival, 15 anos do Batalha e 50 anos do hip hop”, finalizou.