Cineastas pernambucanos subiram ao palco do Cine PE para falar do tema do desenvolvimento urbano do Recife. Quando Alan Oliveira e Rubens Pássaro foram receber o prêmio de aquisição do Canal Brasil, os realizadores subiram com camisetas do movimento OcupeEstelita, que protesta contra a destruição do Cais José Estelita para construção de 13 arranha-céus.
O primeiro dia do OcupeEstelita, no Recife
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Pedro Severien, diretor de Canção Para Minha Irmã também subiu com a camisa do OcupeEstelita e reclamou das falhas técnicas do festival. “É preciso de um maior cuidado na apresentação dos trabalhos. Por isso, dedico esse prêmio a todos os diretores prejudicados pelos erros técnicos”, disse. O baiano Aly Muritaba, do curta A Fábrica que venceu o prêmio especial do Júri disse que apoiava os colegas pernambucanos. “Temos que ocupar mesmo a cidade. Estive recentemente em Dubai e digo, não queiram isso para a cidade de vocês”.
O Cine PE teve 25 mil pessoas durante seus seis dias de competição, com destaque para sessões lotadas de Boca e À Beira do Caminho. Os números são o somatório do público que conferiu as mostras competitivas e mostras paralelas (mostrinha, itinerante, mostra Pernambuco, mostra especial e a dos filmes moçambicanos) no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, em Olinda e na Universidade Católica de Pernambuco.