Sam Moore, ícone da soul music e da dupla Sam & Dave, morre aos 89 anos

Lendária voz de "Soul Man" e integrante do Hall da Fama do Rock & Roll deixa um legado eterno

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Foto: Reprodução/Instagram.

Sam Moore, a voz principal da dupla Sam & Dave, faleceu nesta sexta-feira (10), em Coral Gables, Flórida, devido a complicações decorrentes de uma cirurgia. Ele tinha 89 anos e deixa sua esposa, Joyce, sua filha, Michelle, e dois netos. A notícia foi confirmada pelo publicitário Jeremy Westby e também divulgada no perfil oficial do cantor no Instagram.

Nascido em 12 de outubro de 1935, em Miami, Moore começou sua carreira musical cantando em igrejas. Ele formou a dupla Sam & Dave com Dave Prater em 1961, tornando-se um dos maiores nomes da gravadora Stax Records, ao lado de artistas como Otis Redding. A dupla transformou a energia do gospel em sucessos que marcaram a história da música soul, como Soul Man, Hold On, I’m Comin’, I Thank You e Soul Sister, Brown Sugar.

Sam & Dave foram introduzidos ao Hall da Fama do Rock & Roll em 1992 por Billy Joel. Soul Man, um dos maiores hits do duo, foi incluído no Registro Nacional de Gravações da Biblioteca do Congresso em 2002, sendo descrito por Moore como um hino cultural.

Após o fim da dupla em 1970, Moore seguiu carreira solo. Ele lançou apenas um álbum solo, Overnight Sensational (2006), que contou com participações de grandes nomes como Bruce Springsteen, Jon Bon Jovi, Mariah Carey e Eric Clapton. Springsteen prestou uma homenagem ao cantor, chamando-o de “uma das maiores vozes do soul norte-americano”.

Apesar de enfrentarem diferenças e dificuldades pessoais, Moore e Prater deixaram um legado que influenciou gerações. A música da dupla ganhou nova relevância com o filme The Blues Brothers (1980), no qual Soul Man foi regravada

Fora dos palcos, Moore também foi ativista, processando gravadoras por benefícios de aposentadoria e participando de eventos políticos, como a campanha presidencial de Bob Dole em 1996. Ele lutou contra o vício em drogas, conseguindo superá-lo em 1981 com o apoio de sua esposa, Joyce, a quem ele creditava por salvar sua vida.