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DJ Anderson do Paraíso retorna ainda mais obscuro em “Paraíso Sombrio”

Segundo álbum do DJ e produtor mineiro explora a noite como um lugar de liberdade

DJ Anderson do Paraíso retorna ainda mais obscuro em “Paraíso Sombrio”
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DJ Anderson do Paraíso
Paraíso Sombrio
DC Music, 2024. Gênero: Funk, Eletrônica


Em março desse ano DJ Anderson do Paraíso, um dos principais nomes da prolífica cena mineira, já deixou uma primeira impressão marcante da sua música com o álbum O Queridão, uma coletânea vasta de faixas do produtor que chamam atenção pela produção minimalista, espaçada e soturna. Embalado em instrumentos clássicos, badaladas de sino e canto gregoriano, primeiro álbum do Queridão de Belo Horizonte mostrou uma experimentação com uma sonoridade perturbadora por sua lentidão e cadência desregular.

Como o título já adianta, o novo álbum Paraíso Sombrio se aprofunda na obscuridade e em algum momentos pode até gerar uma aflição em quem escuta com os cantos gregorianos, o grasnar de um corvo, os sinos distribuídos ao longo da faixa, e até uma versão sinistra da tendência do MTG. Nas letras, os becos escuros e a madrugada viram o habitat dos frequentadores dos bailes e é na sua escuridão que eles tem a proteção para viver os momentos com nenhuma inibição.

Vozes femininas e masculinas pertencem a essa escuridão, com participações de nomes como MC Lisa, Sarah Guedes, MC Pânico (em mais de uma faixa), MC Paulinho do G, além dos outros DJs que colaboram na produção do álbum que acaba demonstrando – assim como o antecessor – um retrato da criatividade e irreverência do funk mineiro.

Ouça Paraíso Sombrio, de Anderson do Paraíso

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