A animação pernambucana Eu Nunca Contei a Ninguém vence prêmio de melhor curta no Cine PE

Porto Príncipe (SC/RJ) se consagrou como o Melhor Longa-Metragem escolhido pelo Júri Oficial do evento

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Todos os vencedores do Cine PE subiram ao palco. (Felipe Souto Maior/Divulgação)

A 27ª edição do Cine PE chegou ao fim na noite deste sábado (9), no cinema do Teatro do Parque, e consagrou o curta pernambucano Eu Nunca Contei a Ninguém como o Melhor Curta-Metragem Nacional escolhido pelo Júri Oficial do evento. A animação de Douglas Duan, ganhou também as Calungas de Prata de Melhor Direção, Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora. Representante pernambucano dentro da Mostra, o filme concorreu com produções de todas as regiões do país.

Recebedor do prêmio máximo da noite, Porto Príncipe (SC/RJ) se consagrou como o Melhor Longa-Metragem escolhido pelo Júri Oficial do evento. O drama de Maria Emília de Azevedo também angariou a Calunga de Prata de Melhor Ator para Diderot Senat. Dentro da mesma Mostra, Entrelinhas, de Guto Pasko, arrastou cinco prêmios – entre eles, Melhor Diretor, Melhor Montagem, Melhor Edição de Som, Melhor Direção de Arte e Melhor Atriz (Gabriela Freire).

Quase empatando em número de estatuetas, Agreste, de Sérgio Roizenblit, venceu quatro categorias: Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Ator Coadjuvante (Roberto Rezende) e Melhor Atriz Coadjuvante (Luci Pereira).

Dentro da Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos, Quebra Panela foi o grande vencedor da noite. A ficção de Rafael Anaroli levou as Calungas de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Direção de Arte. Outras duas produções ganharam destaque: o documentário Coração da Mata, de Camila Martins, vencedor de Melhor Fotografia e Melhor Montagem, e Depois do Sonho, de Ayodê França, levou os prêmios de Melhor Edição de Som e Melhor Trilha Sonora.

Para o público, o melhor curta-metragem pernambucano foi Invasão ou Contatos Imediatos do Terceiro Mundo, enquanto que o curta-metragem amapaense Essa Terra É Meu Quilombo, de Rayane Penha, foi eleito o melhor curta nacional. O melhor longa-metragem escolhido pelo júri popular foi Agreste, de Sérgio Roizenblit.

Composto pelos jornalistas e críticos de cinema Kel Gomes, Vítor Búrigo e César Castanha, o júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) concedeu a Calunga de Melhor Longa-Metragem para o documentário pernambucano Frevo Michiles, de Helder Lopes. A crítica especializada escolheu Moventes, de Jefferson Cabral, como Melhor Curta Nacional.

Já o prêmio do Canal Brasil, com o júri composto pelos jornalistas e críticos Enoe Lopes, Ismaelino Pinto, Kel Gomes, Luiz Carlos Merten e Miguel Barbieri, elegeu Eu Nunca Contei a Ninguém, de Douglas Duan, como o melhor curta desta edição. Com o objetivo de estimular a nova geração de cineastas, o Canal Brasil oferece um troféu e R$ 15 mil para o melhor filme de curta-metragem, que também é exibido em sua grade.

CONFIRA A LISTA COMPLETA DOS VENCEDORES DO CINE PE 2023:

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

MELHOR FILME – “Quebra Panela”, de Rafael Anaroli;

MELHOR DIRETOR – Rafael Anaroli, por “Quebra Panela”

MELHOR ROTEIRO – Virgínia Guimarães, por “Filhos Ausentes”

MELHOR FOTOGRAFIA – Breno César, por “Coração da Mata”

MELHOR MONTAGEM – Priscilla Maria, Victória Drahomiro e André Hora, por “Coração da Mata”

MELHOR EDIÇÃO DE SOM – Matheus Mota e Jeff Mandú, por “Depois do Sonho”

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE – Lia Letícia, por “Quebra Panela”

MELHOR TRILHA SONORA – Antônio Nogueira, por “Depois do Sonho”

MELHOR ATOR – Paulo César Freire, por “Invasão ou Contatos Imediatos do Terceiro Mundo”

MELHOR ATRIZ – Geraldine Maranhão, por “Alto do Céu”

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

MELHOR FILME – “Eu Nunca Contei a Ninguém” (PE), de Douglas Duan

MELHOR DIRETOR – Douglas Duan, por “Eu Nunca Contei a Ninguém” (PE)

MELHOR ROTEIRO – Paola Veiga, Roberta Rangel e Emanuel Lavor, por “Instante” (DF)

MELHOR FOTOGRAFIA – Lucas Loureiro, por “Fossilização” (RJ)

MELHOR MONTAGEM – Arthur B. Senra, por “Virtual Genesis” (DF)

MELHOR EDIÇÃO DE SOM – João Milet Meirelles, por “Quintal” (BA)

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE – Douglas Duan, por “Eu Nunca Contei a Ninguém” (PE)

MELHOR TRILHA SONORA – Douglas Duan, por “Eu Nunca Contei a Ninguém” (PE)

MELHOR ATOR – Edmilson Filho, por “Única Saída” (RJ)

MELHOR ATRIZ – Ju Colombo, por “Fossilização” (RJ)

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS

MELHOR FILME – “Porto Príncipe”, de Maria Emília de Azevedo (SC/RJ)

MELHOR DIRETOR – Guto Pasko, por “Entrelinhas” (PR)

MELHOR ROTEIRO – Newton Moreno e Marcus Aurelius Pimenta, por “Agreste” (SP)

MELHOR FOTOGRAFIA – Humberto Bassanello, por “Agreste” (SP)

MELHOR MONTAGEM – Lucas Cesario Pereira, por “Entrelinhas” (PR)

MELHOR EDIÇÃO DE SOM – Kiko Ferraz, por “Entrelinhas” (PR)

MELHOR TRILHA SONORA – Jota Michiles, por “Frevo Michiles” (PE)

MELHOR DIRETOR DE ARTE – Isabelle Bittencourt, por “Entrelinhas” (PR)

MELHOR ATOR COADJUVANTE – Roberto Rezende, por “Agreste” (SP)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Luci Pereira, por “Agreste” (SP)

MELHOR ATOR – Diderot Senat, por “Porto Príncipe” (SC/RJ)

MELHOR ATRIZ – Gabriela Freire, por “Entrelinhas” (PR)

MENÇÃO HONROSA – O Júri de Longas-Metragens, composto pela produtora de casting Denise Del Cueto, o diretor e produtor executivo Oswaldo Massaini Filho, o ator Sérgio Fidalgo, o produtor cultural Márcio Henrique e a atriz Letícia Spiller, concederam menção honrosa ao filme “Ijó Dudu, Memórias da Dança Negra na Bahia” (BA), de José Carlos Arandiba, pela relevância do tema abordado, referente à memória, à história e à luta de gerações de mulheres e homens artistas pretos que fizeram de seus corpos e de suas expressões as principais ferramentas de afirmação política e pessoal.