A 27ª edição do Cine PE chegou ao fim na noite deste sábado (9), no cinema do Teatro do Parque, e consagrou o curta pernambucano Eu Nunca Contei a Ninguém como o Melhor Curta-Metragem Nacional escolhido pelo Júri Oficial do evento. A animação de Douglas Duan, ganhou também as Calungas de Prata de Melhor Direção, Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora. Representante pernambucano dentro da Mostra, o filme concorreu com produções de todas as regiões do país.
Recebedor do prêmio máximo da noite, Porto Príncipe (SC/RJ) se consagrou como o Melhor Longa-Metragem escolhido pelo Júri Oficial do evento. O drama de Maria Emília de Azevedo também angariou a Calunga de Prata de Melhor Ator para Diderot Senat. Dentro da mesma Mostra, Entrelinhas, de Guto Pasko, arrastou cinco prêmios – entre eles, Melhor Diretor, Melhor Montagem, Melhor Edição de Som, Melhor Direção de Arte e Melhor Atriz (Gabriela Freire).
Quase empatando em número de estatuetas, Agreste, de Sérgio Roizenblit, venceu quatro categorias: Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Ator Coadjuvante (Roberto Rezende) e Melhor Atriz Coadjuvante (Luci Pereira).
Dentro da Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos, Quebra Panela foi o grande vencedor da noite. A ficção de Rafael Anaroli levou as Calungas de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Direção de Arte. Outras duas produções ganharam destaque: o documentário Coração da Mata, de Camila Martins, vencedor de Melhor Fotografia e Melhor Montagem, e Depois do Sonho, de Ayodê França, levou os prêmios de Melhor Edição de Som e Melhor Trilha Sonora.
Para o público, o melhor curta-metragem pernambucano foi Invasão ou Contatos Imediatos do Terceiro Mundo, enquanto que o curta-metragem amapaense Essa Terra É Meu Quilombo, de Rayane Penha, foi eleito o melhor curta nacional. O melhor longa-metragem escolhido pelo júri popular foi Agreste, de Sérgio Roizenblit.
Composto pelos jornalistas e críticos de cinema Kel Gomes, Vítor Búrigo e César Castanha, o júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) concedeu a Calunga de Melhor Longa-Metragem para o documentário pernambucano Frevo Michiles, de Helder Lopes. A crítica especializada escolheu Moventes, de Jefferson Cabral, como Melhor Curta Nacional.
Já o prêmio do Canal Brasil, com o júri composto pelos jornalistas e críticos Enoe Lopes, Ismaelino Pinto, Kel Gomes, Luiz Carlos Merten e Miguel Barbieri, elegeu Eu Nunca Contei a Ninguém, de Douglas Duan, como o melhor curta desta edição. Com o objetivo de estimular a nova geração de cineastas, o Canal Brasil oferece um troféu e R$ 15 mil para o melhor filme de curta-metragem, que também é exibido em sua grade.
CONFIRA A LISTA COMPLETA DOS VENCEDORES DO CINE PE 2023:
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS
MELHOR FILME – “Quebra Panela”, de Rafael Anaroli;
MELHOR DIRETOR – Rafael Anaroli, por “Quebra Panela”
MELHOR ROTEIRO – Virgínia Guimarães, por “Filhos Ausentes”
MELHOR FOTOGRAFIA – Breno César, por “Coração da Mata”
MELHOR MONTAGEM – Priscilla Maria, Victória Drahomiro e André Hora, por “Coração da Mata”
MELHOR EDIÇÃO DE SOM – Matheus Mota e Jeff Mandú, por “Depois do Sonho”
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE – Lia Letícia, por “Quebra Panela”
MELHOR TRILHA SONORA – Antônio Nogueira, por “Depois do Sonho”
MELHOR ATOR – Paulo César Freire, por “Invasão ou Contatos Imediatos do Terceiro Mundo”
MELHOR ATRIZ – Geraldine Maranhão, por “Alto do Céu”
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS
MELHOR FILME – “Eu Nunca Contei a Ninguém” (PE), de Douglas Duan
MELHOR DIRETOR – Douglas Duan, por “Eu Nunca Contei a Ninguém” (PE)
MELHOR ROTEIRO – Paola Veiga, Roberta Rangel e Emanuel Lavor, por “Instante” (DF)
MELHOR FOTOGRAFIA – Lucas Loureiro, por “Fossilização” (RJ)
MELHOR MONTAGEM – Arthur B. Senra, por “Virtual Genesis” (DF)
MELHOR EDIÇÃO DE SOM – João Milet Meirelles, por “Quintal” (BA)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE – Douglas Duan, por “Eu Nunca Contei a Ninguém” (PE)
MELHOR TRILHA SONORA – Douglas Duan, por “Eu Nunca Contei a Ninguém” (PE)
MELHOR ATOR – Edmilson Filho, por “Única Saída” (RJ)
MELHOR ATRIZ – Ju Colombo, por “Fossilização” (RJ)
MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS
MELHOR FILME – “Porto Príncipe”, de Maria Emília de Azevedo (SC/RJ)
MELHOR DIRETOR – Guto Pasko, por “Entrelinhas” (PR)
MELHOR ROTEIRO – Newton Moreno e Marcus Aurelius Pimenta, por “Agreste” (SP)
MELHOR FOTOGRAFIA – Humberto Bassanello, por “Agreste” (SP)
MELHOR MONTAGEM – Lucas Cesario Pereira, por “Entrelinhas” (PR)
MELHOR EDIÇÃO DE SOM – Kiko Ferraz, por “Entrelinhas” (PR)
MELHOR TRILHA SONORA – Jota Michiles, por “Frevo Michiles” (PE)
MELHOR DIRETOR DE ARTE – Isabelle Bittencourt, por “Entrelinhas” (PR)
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Roberto Rezende, por “Agreste” (SP)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Luci Pereira, por “Agreste” (SP)
MELHOR ATOR – Diderot Senat, por “Porto Príncipe” (SC/RJ)
MELHOR ATRIZ – Gabriela Freire, por “Entrelinhas” (PR)
MENÇÃO HONROSA – O Júri de Longas-Metragens, composto pela produtora de casting Denise Del Cueto, o diretor e produtor executivo Oswaldo Massaini Filho, o ator Sérgio Fidalgo, o produtor cultural Márcio Henrique e a atriz Letícia Spiller, concederam menção honrosa ao filme “Ijó Dudu, Memórias da Dança Negra na Bahia” (BA), de José Carlos Arandiba, pela relevância do tema abordado, referente à memória, à história e à luta de gerações de mulheres e homens artistas pretos que fizeram de seus corpos e de suas expressões as principais ferramentas de afirmação política e pessoal.