Margareth Menezes cogita a criação de memorial com obras destruídas pelos bolsonaristas

"Para que nunca mais possa acontecer outra violência desse nível", afirmou a ministra após visita ao Planalto nessa terça-feira (10)

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A ministra Margareth Menezes fala à imprensa após visita ao Palácio do Planalto nessa terça (10). (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil).

A ministra da Cultura Margareth Menezes visitou o Palácio do Planalto na tarde dessa terça-feira (10) para discutir medidas de recuperação do patrimônio destruído na invasão aos Três Poderes no último domingo (8). Acompanharam ela a socióloga e primeira-dama Janja da Silva, o novo presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, e o diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho.

Em coletiva à imprensa, realizada ao final da visita, Menezes anunciou que estuda a criação de um memorial em defesa da democracia com os objetos e obras de arte vandalizados pelos bolsonaristas. “Esse memorial é para deixar marcado, para que nunca mais possa acontecer outra violência desse nível, com o intocável, que é nossa democracia”, afirmou. Ela classificou o episódio como “violência profunda e desrespeitosa”.

https://twitter.com/JanjaLula/status/1612915517328597017

Ainda de acordo com a ministra, os resultados da perícia das obras destruídas devem ser divulgados até esta quinta-feira (12). O levantamento é fundamental para dimensionar a extensão dos estragos e avaliar as possibilidades de restauração. Os casos mais delicados são do relógio de Balthazar Martinot, datado do século XVII, e o quadro As mulatas, de Di Cavalcanti, que dificilmente serão recuperados.

O trabalho de recuperação ficará a cargo dos servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Em nota publicada nessa terça (10), o Iphan comunicou que “ao final do trabalho, será produzido um relatório descritivo-fotográfico dos bens móveis e arquitetônicos danificados, que servirá de base para tarefas posteriores a cargo do Iphan, do Ministério da Cultura (Minc) e da Unesco.”

Com informações da Agência Brasil e do Uol.