Após a notícia da morte do ator e dramaturgo José Celso Martinez Correa, o Zé Celso, de 86 anos, na manhã desta quinta-feira (6), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, publicou uma mensagem em suas redes sociais lamentando a perda. Na postagem Lula diz que o Brasil se despede de um dos maiores nomes da história do teatro brasileiro, um dos seus mais criativos artistas e que Zé Celso foi por toda a sua vida um artista que buscou a inovação e a renovação do teatro.
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O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse que Zé Celso escreveu uma rica história pessoal e para o Brasil e que irreverente, provocativo e dono de uma enorme capacidade inventiva, tornou o Teatro Oficina um patrimônio da cultura brasileira e um celeiro de talentos para nossos palcos. “Que seu legado continue a inspirar as próximas gerações de homens e mulheres que se dedicam às artes cênicas em nosso país”, expressou Alckmin.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também deixou uma mensagem de conforto para a família e amigos, dizendo que com a morte de Zé Celso morre também uma parte do sentimento de ousadia e coragem do teatro brasileiro. Já o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, demonstrou tristeza ao receber a notícia e elogiou a genialidade de Zé Celso.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que hoje é um dia triste para a cultura brasileira que perde um grande artista que revolucionou o teatro brasileiro. “Sempre criativo, irreverente e com postura crítica, inspirou palco e plateia por onde se apresentasse. Viva Zé Celso! Viva o @oficinauzynauzona !”, escreveu em uma rede social.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou a inquietude a criatividade de Zé Celso, dizendo que ele era um produtor compulsivo e pensador das grandes questões nacionais e que deu sentido à arte teatral brasileira. “A cultura do Brasil perdeu hoje um de seus maiores expoentes, o criador da linguagem tropicalista no teatro. Deixo aqui meu profundo sentimento de pesar e minhas condolências à família, amigos e sua legião de admiradores”.
Artistas
A apresentadora de televisão Ana Maria Braga, escreveu que os deuses do teatro estão em festa para te receber, Zé Celso, o ícone, o gênio, o artista. “Meus sentimentos a todos que amam esse grande mestre”. O cantor e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, enfatizou que Zé Celso marcou a história do Brasil e seu legado será eterno.
A cantora Marina Lima, disse em uma publicação “Viva o Zé Celso! E que todo o seu legado se espalhe por esse país afora”.
O ator Renato Goes, disse que a obra de Zé Celso é pulsante e que a arte perde profundidade com a sua ida. Michel Melamed, também ator, afirmou que Zé Celso e o Teatro Oficina são mais que pilares da cultura brasileira.
O autor e diretor de teatro Gerald Thomas, disse estar aos prantos e que só o tempo dirá e só o tempo vai curar esse vazio. “Estou aos urros, estou com raiva. Você é eterno Zé! O Zé é o maior do mundo. Não somente do Brasil, mas do mundo. Não importa a peça. Não importa nada disso. Importa a ideia e importa o espetáculo que é a sua vida. E a sua vida é vivida com base no Deus do teatro. Sim, Dionísio e o ritual que isso tudo significa. Ou vamos dizer, os rituais. O Zé é, em parte esse Dionísio. Sim, olha só pra ele! Olha como ele se transforma. Efêmero e concreto, etéreo, o extasiante ‘Eleutério’, aquele zoneador duplamente nascido e aquele que “baixa” assim como quem voa! E quem está ao seu lado recebe as incríveis vibrações, as ondas, um entendimento toda a cultura”, escreveu.
Kleber Mendonça Filho, cineasta, enfatizou que apesar de não ser de teatro, todos os seus filmes foram impactados de alguma forma por Zé Celso. “Com a energia de atrizes e atores, da arte e pitacos amigos de roteiro, um senso de direção e visão sobre o Brasil. Esse é o significado de um real impacto na Cultura. Obrigado Zé Celso”.