É calor, é saudade. É um sol que queima as ruas e aquece cada solidão da cidade. Nesse clima, o cantor e compositor Vinícius Barros, um dos expoentes da música independente pernambucana, inaugura o Alto Verão de 2025. No dia 30 de janeiro, quinta-feira, Vinícius lança “Calor e Saudade”, um frevo quente que chega às plataformas digitais para derreter nossos corações.
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Gravado com a participação da Orquestra Malassombro e com arranjos do maestro Rafael Marques, o single abre alas para os trabalhos de divulgação que conduzirão ao lançamento de seu terceiro disco, previsto para março próximo.
“Quis começar com um frevo para marcar a importância da nossa resistência cultural. Um gênero centenário, um dos símbolos da nossa identidade e do nosso território, que hoje é reconhecido pela Unesco, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade”, comenta o artista, empolgado com esta primeira aposta.
“O que vou trazer conta a história de um cenário imaginado na cabeça de um homem negro, periférico, em meio às contradições urbanas, onde afetos, memórias, territórios e pessoas orbitam em torno de uma identidade em construção”, antecipa Barros sobre o novo trabalho cuidadosamente gestado sob Produção Musical de Juliano Holanda e Produção Executiva de Laura Proto, da La Esencia Experiências Culturais. O projeto tem incentivo do Edital Funcultura de Música, do Governo do Estado de Pernambuco.
Sobre Vinícius Barros
Cantautor é a identidade que melhor lhe cabe. Cronista urbano, constrói letras alicerçadas na sonoridade das raízes pernambucanas e na sua matriz negra. O rock e a MPB são sempre convidados a dialogarem com a sua música. A forma como arquiteta suas composições traz uma reflexão contundente, com uma clareza quase didática. Questões sociais, a cidade e as complexidades da urbanidade, as pessoas, os afetos e o empoderamento do povo negro estão entre os temas que mais o interessam, mas que não o reduzem. Aliás, esse é um artista grande. Nas palavras, no palco e fora dele.
Guitarrista há 15 anos, Vinícius Barros já tocou em diversos grupos, até entender que era a hora de fazer ecoar sua própria voz. Em 2015, estreia com o EP “Universo” e em 2017, lança o disco “Banzo”. Tem circulado também com a importante Mostra Coletiva Reverbo. Em novembro de 2020, lançou seu primeiro single “Pra Abraçar quem sou”, em celebração ao Dia da Consciência Negra. Com esta música, chegou a Cabo Verde, sendo tocado pela rádio PraiaFm. Em 2021, lançou dois singles com os músicos Júlio César Mendes (sanfona) e Rafael Marques (bandolim): “Quando isso passar” e “Pó de Estrelas. Atualmente, trabalha no seu novo disco, vencedor do 4º Edital Funcultura de Música. Neste projeto, Vinícius pretende instigar ideias acerca da urbanidade, pela luz da ancestralidade e do afeto.