Já se pode dizer: o último 17 de junho foi histórico para o Brasil. Protestos em 11 cidades brasileiras reuniram milhares de pessoas contra a má qualidade dos serviços públicos, corrupção e gastos com a Copa das Confederações e Copa do Mundo. Foi também uma insatisfação generalizada contra o atual modelo político e a presidente da república, Dilma Rousseff.
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Em São Paulo, o quinto dia de manifestação foi tranquilo, com exceção de um pequeno grupo que tentou invadir o Palácio dos Bandeirantes. Já em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília houve violência.
No Recife, o protesto foi tranquilo e aconteceu depois de uma reunião no Diretório Acadêmico da Universidade Católica de Pernambuco, que definiu a passeata que acontecerá na próxima quinta (20).
Esta é o maior protesto popular do Brasil desde a passeata que pediu o impeachment de Fernando Collor de Melo, em 1992. Estimativas acreditam que mais de 250 mil pessoas em todo o Brasil saíram às ruas nessa segunda. A maior parte das manifestações de hoje começaram pacíficas, mas a tensão aumentou em algumas cidades. Como lembrou o movimento Passe Livre, uma parcela ínfima de radicais não tinha relação com as passeatas organizadas. Foi esse mesmo pessoal que invadiu a sede da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Houve excesso da polícia. Em Brasília, a PM usou spray de pimenta em pessoas que ocuparam o Congresso Nacional, como foi mostrado pela GloboNews. No Rio de Janeiro, a polícia usou balas de borracha e um policial deu tiros para o alto. Em Belo Horizonte, a reação foi violenta contra manifestantes que tentaram se aproximar do estádio do Mineirão. Uma parte dos PMs usaram balas de borracha, desrespeitando uma determinação do comando da polícia, que proibiu seu uso.