Uma das bandas mais inventivas a surgir nos anos 2000, o The Knife anunciou o fim das atividades. A dupla formada pelos artistas suecos Karin Dreijer Andersson e Olof Dreijer disse à revista Dazed&Confused que irão cada um para um lado ao fim da turnê que acaba em novembro.
O disco da dupla foi o EP de remixes Shaken Up Versions, que traz versões do último trabalho deles, o ótimo Shaking The Habitual. “Para mim, o The Knife é tudo e nada. Pode ser o que você quiser. No momento são 25 pessoas em turnê e mais outras tantas documentando o processo e fazendo vídeos. Quando terminarmos a turnê em novembro, vamos encerrar. Não temos mais obrigação de continuar. Sempre foi e sempre será por diversão”, disse Karin.
A dupla teve uma das carreiras mais elogiadas do pop recente com apenas quatro discos, todos ótimos. Eles surgiram em 2001 com o disco homônimo que trazia uma música eletrônica orgânica, mas chamaram atenção mesmo com Deep Cuts (2004). A consagração, contudo veio apenas com o clássico Silent Shout (2007), com faixas como “Silent Shout”, “Marble House”, “Like a Pen” e “We Share Our Mothers’ Health”. O grupo chamou atenção pelo experimentalismo casado com forte apelo para pistas de dança. Eles também passaram a apostar em uma despersonalização, se apresentando sempre de máscaras.
No ano passado, com o disco Shaking The Habitual, eles passaram a trabalhar questões de gênero nas letras e também investiram em clipes. Este ano a dupla fez parte se uniu ao grupo de arte Ful para criar o Europa Europa, um projeto que se autodenomina “cabaret anti-nacionalista”. O trabalho faz uma crítica às políticas de imigração europeias, com destaque para a Suécia.
É um grupo que irá fazer falta para o pop mundial pelas inovações que trazia. Veja alguns trabalhos da banda: