Terceiro disco inova no indie-folk e ainda comenta a melancolia desses dias confusos
Demorou somente três discos para que o Fleet Foxes se firmasse como um dos nomes mais relevantes em um gênero abarrotado: o indie-folk. Atuando em um espaço do rock com muitos discos clássicos e muitos artistas interessantes, o grupo de Seattle, EUA, conseguiu expandir a sonoridade do estilo ao mesmo tempo em que caminha para algo totalmente novo. O tom teatral aumentou com faixas mais barrocas, cheias de detalhes, mas ainda há reminiscências da fase mais minimalista do grupo, onde o vocal estava em primeiro plano.
Agora o instrumental das faixas sempre caminha para uma apoteose, com poucas exceções. E conseguiram se safar do risco de fazer um álbum cansativo e pretensioso. Evocando sentimentos como inquietação e agonia, eles trabalham nas letras uma crise de identidade do ser humano frente a um mundo que já não faz tanto sentido.
O título do álbum faz referência a um conjunto de textos do escritor norte-americano F. Scott Fitzgerald onde ele disserta sobre o colapso do ser humano, nos mais variados sentidos do termo. Na construção sonora a banda parece se esforçar em encontrar novas camadas sonoras com instrumentos sendo adicionados ao longo da execução de cada música. São tantos detalhes que é necessário várias audições para se inteirar de tudo. E há
É um disco que deverá crescer ainda mais com o tempo, pois soará como uma trilha não-planejada desses dias. Não estamos todos em crise? Escute as ótimas “Fool’s Errand” e “Cassius-” se você estiver sem tempo de apreciar cada detalhe dessa obra.