Carregado de vivências sonoras do seu cotidiano enquanto morador da cidade do Recife, Passarinho, líder do grupo Passarinho e o Sistema Brega de Som (PSBS), hoje radicado em Mauá/SP, traz para o álbum de debut do grupo, uma estética musical que contempla o brega e o dub, além de outros elementos da cultura popular. Intitulado Brega Dub, o disco que estreia nesta quarta-feira (29) nas plataformas de música traz 09 faixas autorais.
Cheio de humor, Brega Dub versa sobre o amor, as dores e alegrias da vida, como também a “gaia” (expressão de traição usada em Recife), a cerveja no bar com os amigos e também reflexões sobre nosso olhar para dentro. Para envelopar essas histórias o grupo apostou em uma linguagem dançante, soando como um grande convite para o salão de dança.
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“A ideia de chamar o disco de Brega Dub é justamente para explicar fácil e direto esse novo estilo e trabalho. Temos dois Ep’s lançados, Sozinho no Alto (2018) e Cartas (2019), que foram protótipos do que iria nascer futuramente. Já tínhamos em mente essa construção sonora, mas só agora com esse novo trabalho, novo sentimento e mais maduros é que conseguimos colocar em prática essas ideias de misturar o brega, o reggae, o dub, o cavalo marinho, o samba duro e outros estilos musicais de mesclamos nesse disco”, explicou Passarinho.
“Em recife só se toca brega! Nas comunidades, festas, shows, televisão, em todo canto só se ouve brega, aquele brega melado e cheio de malemolência, que fala sobre bares, amores, bebidas, traições, mas também sobre problemas da sociedade, da falta de educação, cultura e lazer, assuntos que estão presentes no disco também”, contou. “Já a influência do reggae veio na construção da rua, dos bares do Recife Antigo, da possibilidade de descobrir novos sons na internet, novas bandas e artistas”, completou.
Para somar na construção desse trabalho, Arthur Dossa assina a produção musical. “Pelo produtor também ser de Recife, trouxe essa bagagem pesada da nossa cultura e isso foi importantíssimo para construção dessa massa sonora. Misturamos outros elementos como cumbia latina, o rock dos anos 70 com distorções de guitarra e uma pitada de jovem guarda, e muitos outros elementos rítmicos”, finalizou.
O disco é fruto de um edital público da cidade de São José Dos Campos/SP, o fundo municipal de cultura (FMC).