“Parque de Diversões”, filme brasileiro sobre cruising é selecionado para o FID Marseille

Após "Tudo o que Você Podia Ser”, o diretor mineiro se prepara para a estreia de mais uma obra que busca ampliar olhares e narrativas do universo LGBTQIA+

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Foto: Divulgação.

O diretor mineiro Ricardo Alves Jr. prepara-se para lançar seu mais recente longa-metragem, Parque de Diversões, que foi selecionado para a competição internacional do Festival Internacional de Cinema de Marseille (FID Marseille), na França. O evento ocorrerá entre os dias 25 e 30 de junho, marcando a estreia mundial do filme.

Escrito por Germano Melo, Parque de Diversões retrata o universo do cruising – prática de atos sexuais consensuais e anônimos em espaços públicos. O enredo segue figuras anônimas que vagam pelas ruas de Belo Horizonte em busca de encontros, até que uma delas invade um parque urbano.

Com uma classificação indicativa não recomendada para menores de 18 anos, o filme aborda temas como excitação, adrenalina, segredo e alteridade, desafiando conceitos de identidade e gênero. O elenco é composto por Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal, Will Soares e um extenso grupo de artistas da cena queer.

Ricardo Alves Jr. e Germano Melo destacam que o filme é uma resposta ao contexto político atual do Brasil, marcado por forças conservadoras e políticas repressivas. Para eles, Parque de Diversões vai além de questões íntimas, sendo uma poderosa reivindicação por liberdade cultural e coletiva.

Distribuído pela Cajuína Audiovisual, a obra será exibida ao lado de outros nove longas-metragens de diversos países na competição internacional do FID Marseille. O festival, conhecido por sua atenção às formas emergentes e à escrita singular, é um dos principais eventos de cinema independente no mundo.

Além da estreia de Parque de Diversões, o FID Marseille também apresentará uma retrospectiva dos cineastas Adirley Queiroz e Joana Pimenta.

Ricardo Alves Jr. recentemente completou Tudo o que Você Podia Ser, que estreia no circuito comercial brasileiro em junho. Gravados em sequência, ambos os filmes apresentam estéticas e narrativas distintas, mas dialogam entre si, enriquecendo ainda mais a trajetória do cineasta no cinema LGBTQIA+.