Nesta terça-feira (24), a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) aprovou por unanimidade o projeto de lei que reconhece a obra musical da cantora Joelma da Silva Mendes, conhecida como Joelma, como Patrimônio Cultural e Imaterial do estado. A proposta foi apresentada pela deputada estadual Lívia Duarte (PSOL) e visa valorizar a contribuição da artista à cultura paraense e à disseminação do ritmo calypso no Brasil.
Joelma, natural de Almeirim, no oeste do Pará, é considerada uma das precursoras do gênero. Sua trajetória começou em 1999 com a Banda Calypso, que, sob sua liderança ao lado de seu então marido, se tornou um fenômeno nacional ao misturar ritmos como tecnobrega e carimbó. Ao longo dos anos, a banda emplacou sucessos como Dançando Calypso, Chão de Estrelas e Cavalo Manco.
A decisão da Alepa ressalta os anos de dedicação de Joelma, que sempre buscou levar a cultura do norte do Brasil para o restante do país. Em suas redes sociais, a artista manifestou seu orgulho pelo reconhecimento: “Minhas raízes estão no Pará, e cada nota das minhas músicas reflete essa terra. É um orgulho representar a cultura paraense. Esse reconhecimento é de todos que fazem parte da nossa história e tradição. Vamos continuar celebrando nossa cultura! Obrigada e viva o nosso Pará”.
Os shows de Joelma são conhecidos por suas coreografias elaboradas e figurinos vibrantes, incluindo as botas de plataforma que se tornaram uma marca registrada da cantora. Após sua saída da Banda Calypso em 2015, Joelma seguiu uma carreira solo de sucesso, lançando músicas como Amor Novo e Ai Coração.
O reconhecimento de Joelma se junta ao de outros artistas paraenses que também foram declarados Patrimônio Cultural e Imaterial do estado, como Gaby Amarantos e Fafá de Belém.