Cinderela feminista, brege e pop: só podia ser no Pará
Por Iara Lima
Tá, mentira, eu descobri mesmo em dezembro de 2014, quando do lançamento desse curta-metragem paraense que gravita em torno do universo do tecnopop, aparelhagem e do brega da terra de Pinduca. Trata-se de uma releitura feminista da fábula de Cinderela, a gata borralheira atormentada pela madrasta e suas duas irmãs. Mas contada com bastante humor.
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A cena pop do Pará não tem limites
Aqui, entretanto, a história é contada pelo viés de Stephany, interpretada pela webcelebridade paraense Samara Castro (canal de Samara no Youtube) que é obrigada a bater e adulterar o açaí vendido por sua mãe e suas irmãs Miranda (A.K.A. Paulo Colucci, a famosa Aleijada Hipócrita) e Rafaela (interpretada por Isis Vieira, componente do coletivo de humor local Youtube com Farinha).
Stephany explora o universo da periferia paraense. Mora no bairro da Sacramenta e sonha em ganhar o prêmio Siriá da Sorte e abandonar aquela vida. O anúncio do aniversário do DJ Davison, entretanto, a faz suspirar e surgir sua fada-madrinha, interpretada por Keila Gentil, da Gang do Eletro, que irá ajudá-la a ir à noite de tecnobrega. Aqui, merece destaque sua versão – com muita pinta – para o clássico ‘Bibidi-Bobidi-Bu’, originalmente no filme da Disney.
Não contarei o resto, mas vale conferir os 14 minutos de imersão da estética visual e musical da música contemporânea de Belém. Ah, como não poderia deixar de ser, Gaby Amarantos e Leona, a Assassina Vingativa também fazem suas participações especiais no filme. Se você quiser conferir mais de pertinho o mainstream paraense, te recomendo o site http://www.paramusica.com.br, que tem dicas ótimas. Abaixo, colocarei alguns dos meus preferidos ok?
Felipe Cordeiro
Manoel Cordeiro
Dona Onete
Mestres das guitarradas
Pinduca
Luê