De São Paulo.
O filme Pardais, do diretor islandês Rúnar Rúnarsson, venceu a 39ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A obra, sobre os conflitos entre um adolescente e seu pai distante, venceu o prêmio do júri de melhor filme e também o de melhor roteiro, dado pela Associação Autores de Cinema. No vídeo enviado pelo diretor era visível a surpresa pela dupla premiação, o que arrancou risos da plateia.
O júri concedeu uma menção honrosa ao polonês Carta Branca, de Jacek Lusinski, sobre um professor de história que começa a perder a visão.
O Prêmio da Crítica foi para o longa-metragem italiano Os Campos Voltarão, de Ermanno Olmi, um drama de guerra em que um filho se recorda de seu pai, que lutou na Primeira Guerra Mundial, e que foi o mesmo filme eleito para receber o Prêmio Humanidade da Mostra, compartilhado com Patrício Guzmán.
O Prêmio Abraccine, da Associação Brasileira de Críticos de Cinema, que premia os longas nacionais de diretores estreantes, elegeu Aspirantes, de Ives Rosenfeld. O Público escolheu Sabor da Vida, de Naomi Kawase, como o melhor longa de ficção estrangeiro, o longa nacional Tudo Que Aprendemos Juntos, de Sérgio Machado, e o documentário internacional Pixadores do iraniano radicado na Islândia Amir Escandari. Apesar de internacional, o documentário acompanha um grupo de grafiteiros paulistanos que foram convidados a participar da Bienal de Berlim.
O Prêmio Juventude da Mostra, com votos de estudantes de escolas públicas, escolheu a estreia da ficção de Marina Person, Califórnia, como o melhor brasileiro, e o norueguês Beatles, de Peter Flinth, na categoria internacional. Renata de Almeida, diretora da Mostra, lembrou no palco, ao lado de Serginho Groisman, que a Mostra foi o primeiro evento de cinema no País a investir na votação do público.
Repescagem da Mostra
A partir de hoje, dia 5 de novembro, começa a programação da repescagem da Mostra, com sessões extras de alguns dos filmes que foram exibidos no decorrer da 39ª edição do evento. A repescagem apresenta 27 títulos e ocorre até o dia 11, quarta, sempre no CineSesc.
Abaixo, confira a programação.
5/11 – QUINTA
15h – PARAÍSO (PARADISE), de Sina Ataeian Dena
17h – VERÃO SECO (SUSUZ YAZ), de Metin Erksan
19h10 – A TERRA E A SOMBRA (LA TIERRA Y LA SOMBRA), de César Augusto Acevedo
21h – OS CAMPOS VOLTARÃO (TORNERANNO I PRATI), de Ermanno Olmi
6/11 – SEXTA
15h – NÓS MONSTROS (WIR MONSTER), de Sebastian Ko
16h50 – QUANTO TEMPO O TEMPO TEM, de Adriana L. Dutra
18h30 – LONGO CAMINHO RUMO AO NORTE (TOUT EN HAUT DU MONDE), de Rémi Chayé
20h15 – CATEDRAIS DA CULTURA (3D) (CATHEDRALS OF CULTURE 3D), de vários
7/11 – SÁBADO
15h – O CULPADO (VERFEHLUNG), de Gerd Schneider
17h – FILHAS DO DESEJO (VITA DA CANI), de Mario Monicelli e Steno
19h – SABOR DA VIDA (AN), de Naomi Kawase
21h15 – UM DIA PERFEITO (A PERFECT DAY), de Fernando Léon de Aranoa
8/11 – DOMINGO
15h – O SHOW DEVE CONTINUAR (ALL THAT JAZZ), de Bob Fosse
17h30 – A ESTREITA FAIXA AMARELA (LA DELGADA LINEA AMARILLA), de Celso García
19h30 – GUERRA (KRIGEN), de Tobias Lindholm
21:45 – PARDAIS (SPARROWS), de Rúnar Rúnarsson
9/11 – SEGUNDA
15h – CAMINO A LA PAZ (CAMINO A LA PAZ), de Francisco Varone
16h50 – O RETORNO (BLÓÐBERG), de Björn Hlynur Haraldsson
18h50 – CARTA BRANCA (CARTE BLANCHE), de Jacek Lusinski
21h – TUDO QUE APRENDEMOS JUNTOS, de Sérgio Machado
10/11 – TERÇA
15h – O BOTÃO DE PÉROLA (EL BOTÓN DE NÁCAR), de Patricio Guzmán
16h50 – EM SEUS BRAÇOS (I DINE HÆNDER), de Samanou Acheche Sahlstrøm
18h50 – UM DIA PERFEITO (A PERFECT DAY), de Fernando Léon de Aranoa
21h – KAMINSKI E EU (ICH UND KAMINSKI), de Wolfgang Becker
11/11 – QUARTA
15h – VISITA OU MEMÓRIAS E CONFISSÕES (VISITA OU MEMÓRIAS E CONFISSÕES), de Manoel de Oliveira
16h30 – NÓS, ELES E EU (NEY, NOSOTROS, ELLOS Y YO), de Nicolás Avruj
18h30 – PIXADORES (TUULENSIEPPAAJAT), de Amir Escandari
20h30 – A GRANDE GUERRA (LA GRANDE GUERRA), de Mario Monicelli