Hélio de Almeida, importante designer gráfico brasileiro, faleceu no último sábado (20) aos 80 anos, vítima de um infarto. Conhecido por suas contribuições marcantes ao design de capas de livros e projetos gráficos para diversas revistas e jornais, Hélio deixou um legado significativo no mundo do design editorial.
Nascido em São Paulo, filho de portugueses, Hélio iniciou sua carreira no departamento de arte da Folha de S. Paulo em 1963. Em 1968, foi convidado a integrar a equipe da revista Veja, onde trabalhou até 1973. Foi um dos responsáveis pela criação da revista IstoÉ em 1976, destacando-se pela liberdade criativa que teve no projeto. Durante os anos 1980, voltou à editora Abril e posteriormente assumiu a direção de arte da editora Globo, onde trabalhou em títulos como Globo Rural e Moda Brasil.
A partir de 1989, Hélio começou a colaborar com a Companhia das Letras, onde criou capas para livros de autores como Rubem Fonseca, Ruy Castro e Fernando Morais. Luiz Schwarcz, fundador e CEO da Companhia das Letras, expressou suas condolências pelas redes sociais da editora, destacando a importância de Hélio.
“Soube, distante do Brasil, que um amigo, fundamental para a história da Companhia das Letras, faleceu. Hélio de Almeida, um dos grandes designers de livros e revistas, ajudou a definir, através dos tempos, parte importante da imagem da editora. Trabalhou a meu lado, literalmente, na antiga sede da Companhia, num sobrado do Pacaembú,” disse Schwarcz.
Na Revista Pesquisa FAPESP, Hélio de Almeida foi editor de arte de 1999 a 2006. O artista era conhecido por preferir esboçar seus projetos à mão, mesmo em uma era dominada pelos computadores.
Hélio de Almeida deixa a esposa, a ilustradora de livros infantis e artista plástica Laurabeatriz, seus filhos Maria Rosa, Thereza, Manu Maltez e Joaquim, seis netos e suas irmãs Vera e Marli. Ele foi cremado no domingo (21) no cemitério da Vila Alpina.