O Museu do Estado de Pernambuco (MEPE) abriu na última terça-feira (21), às 15h, a exposição temporária intitulada Carlos e Lygia: A Poética de uma Museologia Afetiva. A mostra celebra o legado de Carlos Estevão de Oliveira e sua filha, Lygia Estevão de Oliveira, figuras marcantes na cultura brasileira do século XX.
A curadoria da exposição está a cargo de Anaíra Mahin, cientista social, pesquisadora e poeta, e Renato Athias, antropólogo e coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (NEPE) da UFPE.
Carlos Estevão de Oliveira, nascido em Recife em 1880, formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, mas se destacou como poeta e pioneiro do movimento trovadoresco no Brasil. Além de sua contribuição literária, Carlos teve um papel crucial na preservação da cultura indígena e na divulgação da etnologia. Como diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi, dedicou quase 15 anos ao estudo e à proteção do patrimônio cultural brasileiro. Sua vasta coleção etnográfica e arqueológica, agora parte do acervo do MEPE, é considerada um tesouro nacional.
A exposição apresenta uma rica seleção de artefatos, fotografias e documentos que ilustram as vidas e trabalhos de Carlos e Lygia Estevão. Desde as primeiras cartas trocadas até as publicações póstumas, os visitantes podem explorar a conexão íntima entre os indivíduos e suas obras. A curadoria destaca não apenas a trajetória profissional de Carlos, mas também sua profunda amizade e colaboração acadêmica com outros pesquisadores, enraizada no amor compartilhado pela cultura e história.
Para complementar a experiência, a exposição oferece uma série de eventos educacionais e culturais, incluindo oficinas, palestras e exibições especiais. Os interessados podem visitar a exposição no MEPE até o dia 2 de junho deste ano, de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 17h.
Serviço:
Exposição Temporária – Carlos e Lygia: A Poética de uma Museologia Afetiva
Local: Museu do Estado de Pernambuco – MEPE (AV. Rui Barbosa, 960 – Graças)