O Maracatu Nação, também conhecido como Maracatu do Baque Virado, poderá se tornar o oitavo bem cultural do Brasil inscrito na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O dossiê de candidatura foi entregue no dia 31 de março pelos Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores ao Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco. A previsão é de que o pedido seja analisado até o fim de 2026.
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A elaboração do documento teve início em 2021 e envolveu pesquisadores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), além de mestres da tradição, representantes da Associação dos Maracatus Nação de Pernambuco e da Associação dos Maracatus de Olinda.
Entre os critérios exigidos para que uma manifestação cultural seja incluída na lista da Unesco estão o reconhecimento prévio como patrimônio imaterial nacional, a existência de um plano de salvaguarda e o envolvimento direto dos detentores da tradição no processo de candidatura.
Reconhecido como patrimônio cultural do Brasil em dezembro de 2014, o Maracatu Nação é uma manifestação da cultura popular e carnavalesca da região metropolitana do Recife. Caracteriza-se por um cortejo real que desfila pelas ruas, acompanhado por um conjunto percussivo. Com raízes afro-brasileiras, a tradição remonta às antigas coroações de reis e rainhas do Congo, sendo composta majoritariamente por pessoas negras.
Atualmente, sete bens culturais brasileiros integram a Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade: o samba de roda do Recôncavo Baiano, as expressões orais e gráficas dos Wajapis, o frevo, o Círio de Nazaré, a roda de capoeira, o Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão e o modo de preparar o queijo minas artesanal.
Com informações da Agência Brasil.