Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura deste ano, o norueguês Jon Fosse é um dos destaques entre os lançamentos que chegam ao mercado editorial brasileiro neste mês de outubro. Por aqui, ele vem com o romance Brancura, publicado pela editora Fósforo. A obra, que é a primeira após o consagrado romance Septologia, vem permeada por uma uma atmosfera onírica.
Na esteira de novidades, tem também Soparia: De Boteco a Palco de Todos os Sons, de José Teles, que conta a história do bar e reduto cultural do Recife dos anos 1990, e Pernalonga: Uma Sinfonia Inacabada, de Márcio Bastos, que biografa um dos maiores artistas do teatro pernambucano e símbolo LGBTQIA+. Ambos títulos saem pela Cepe Editora.
Para completa a lista, Françoise Vergès propõe, em sua mais recente obra, uma nova forma de gerir, apresentar e distribuir as riquezas em museus e instituições culturais. Ela, aliás, esteve no Recife, pela programação da Bienal PE, promovendo o lançamento.
A ficção também vem forte com O Livro Branco, novo romance da sul-coreana Han Kang, autora de A Vegetariana, e Três, lançamento da francesa Valérie Perrin. Enquanto isso, a poesia é contemplada com Escola das Horas, segundo livro de poemas da pernambucana Raiza Figuerêdo.
Confira a lista:
Brancura, de Jon Fosse
No romance, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar, mas, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente. É a primeira obra de Jon Fosse, um dos maiores escritores europeus da atualidade e vencedor do Nobel de Literatura, após Septologia, romance que o consagrou como um clássico contemporâneo. | Fósforo, 64 páginas, R$ 59,90. Tradução de Leonardo Pinto Silva. | Compre.
Soparia: De Boteco a Palco de Todos os Sons, de José Teles
Nesta obra, o jornalista José Teles “biografa” o bar Soparia, reduto cultural e boêmio do Recife dos anos 1990, cuja história se confunde com a vida do seu próprio dono, o agitador cultural Roger de Renor. Costurando depoimentos e materiais de arquivo da época, o livro resgata o papel central do estabelecimento para a efervescente cena cultural pernambucana, com destaque para a música, representada em vários ritmos e na profusão do movimento manguebeat. | Cepe Editora, 212 páginas, R$ 50,00. | Compre.
Decolonizar o Museu: Programa de Desordem Absoluta, de Françoise Vergès
A cientista política e historiadora francesa propõe o desmantelamento da estrutura atual de boa parte dos museus e instituições culturais, em que saberes, objetos e produções artísticas de populações marginalizadas são expostos, narrados e rentabilizados em benefício da manutenção e ampliação do poder das elites brancas colonialistas. Para ela, é urgente substituir esse modelo por outras formas de gerir, apresentar e distribuir as riquezas culturais. | Ubu Editora, 272 páginas, R$ 69,90. Tradução de Mariana Echalar. | Compre.
Pernalonga: Uma Sinfonia Inacabada, de Márcio Bastos
O livro resgata a trajetória de Antonio Roberto Lira de França, mais conhecido como Pernalonga, um dos maiores artistas do teatro pernambucano, mas também figura emblemática da cena LGBTQIA+ de Recife e Olinda. A partir de pesquisas sobre sua vida e obra e entrevistas com amigos e familiares, o jornalista Márcio Bastos narra a história dessa personalidade da infância à morte que poderia ter sido evitada. | Cepe Editora, 200 páginas, R$ 50,00. | Compre.
- Leia mais: Biografia de Pernalonga resgata, de forma sensível e delicada, um ícone da cena teatral pernambucana
O Livro Branco, de Han Kang
A autora traz nesta obra uma narrativa íntima sobre luto, vida e resiliência. Construído a partir de silêncios, pensamentos concentrados e intensa poesia, o livro vem como a obra mais pessoal da escritora sul-coreana até então. Nele, ela mergulha em uma delicada indagação literária e busca entender, através da descrição de coisas do cotidiano, a dor que sempre sentiu pela ausência de uma irmã que nunca conheceu. | Todavia, 160 páginas, R$ 64,90. Tradução de Natália T. M. Okabayashi. | Compre.
Escola das Horas, de Raiza Figuerêdo
A obra, que é o segundo livro de poemas da escritora pernambucana Raiza Figuerêdo, busca honrar a passagem do tempo e está permeado pelas experiências colhidas na literatura e na vida. Os poemas reunidos neste título vão do despertar ao dormir e, para a autora, o que acontece ao longo do dia, também é exercício para o criar poético, como uma cartografia das horas. | Patuá, R$ 50,00. | Compre.
Três, de Valérie Perrin
Este novo romance da autora de Água Fresca Para As Flores traz uma comovente história que reflete sobre as mudanças inevitáveis da vida e como os laços que nos unem e as escolhas que fazemos definem quem somos. Na trama, Adrien, Étienne e Nina se conhecem na escola aos dez anos e rapidamente se tornam inseparáveis, mas trinta anos depois se tornam estranhos uns para os outros. | Intrínseca, 528 páginas, R$ 89,90. Tradução de Julia Sobral Campos. | Compre.
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