Kasa Branca, de Luciano Vidigal, recebeu quatro prêmios na 26ª Edição do Festival do Rio, realizado neste domingo (13). A cerimônia de premiação do Troféu Redentor da Première Brasil ocorreu no Cine Odeon e foi apresentada por Fabíola Nascimento e Juan Paiva, destacando 51 filmes na competição principal e na categoria Novos Rumos, além de 35 produções no Prêmio Felix.
O longa-metragem Kasa Branca, dirigido e roteirizado por Luciano Vidigal, foi consagrado na competição principal de Longas de Ficção, levando os prêmios de Melhor Direção de Ficção, Melhor Trilha Sonora, para Fernando Aranha e Guga Bruno, Melhor Fotografia, para Arthur Sherman, e Melhor Ator Coadjuvante, para Diego Francisco.
Vidigal expressou sua satisfação com os prêmios, afirmando que o filme representa a realização de um sonho. “Sempre quis contar essa história tão comovente. É um filme que tem um protagonismo negro no lugar do objeto, que são os atores, no lugar do sujeito, eu como diretor. A gente que faz cinema independente, cinema preto, busca essa relação horizontal com o audiovisual brasileiro”, declarou.
A narrativa de Kasa Branca acompanha Dé, um jovem da periferia de Chatuba, que vive com sua avó, Dona Almerinda, diagnosticada com Alzheimer. Juntamente com seus amigos, ele tenta aproveitar os últimos dias com a avó, criando laços afetivos profundos. O filme é protagonizado por Big Jaum e Teca Pereira, além de contar com um elenco que inclui Gi Fernandes, Babu Santana e Roberta Rodrigues.
A produção é fruto da colaboração entre Sobretudo Produção, TvZero, Tacacá Filmes, Cavideo e Dualto, em coprodução com Riofilme, Canal Brasil, Telecine e Globo Filmes, com distribuição da Vitrine Filmes.
Na mesma cerimônia, outros filmes também foram reconhecidos. Na categoria Premiere Brasil, A Menina e o Pote, de Valentina Homem, foi eleito Melhor Curta-Metragem. O prêmio de Melhor Longa-Metragem de Ficção foi dividido entre Baby, de Marcelo Caetano, e Malu, de Pedro Freire. Na competição Novos Rumos, Centro Ilusão, de Pedro Diogenes, recebeu o título de Melhor Longa-Metragem, enquanto o Prêmio Felix premiou A Bela de Gaza como Melhor Documentário.
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Luciano Vidigal enfatizou o propósito de Kasa Branca, afirmando: “Trabalhamos muito a humanidade e a poesia, que é o que o povo merece. Torço para que o filme tenha uma boa carreira, e acredito que vai ter uma identificação verdadeira. É um filme feito do povo e para o povo. Afinal, é o filho da empregada doméstica que tá fazendo cinema”. As próximas exibições do longa acontecem na 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no 17º Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul, no Rio de Janeiro.
Confira o teaser:
