Festival Literário das Periferias movimenta espaços culturais e escolas municipais das comunidades do Recife

Programação é gratuita, com rodas de conversa, oficinas e recitais, trazendo “O Direito à Literatura” como temática

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Foto: Olhar da Medusa/Divulgação.

Hoje (25), o Festival Literário das Periferias (Fliperifa) segue levando cultura e literatura para os espaços culturais e escolas municipais das comunidades do Recife, na Livroteca Brincante do Pina, a partir das 10h. Com o tema O Direito à Literatura, o evento homenageia as escritoras nordestinas Inaldete Pinheiro e Odailta Alves e busca promover o acesso à literatura nas periferias da cidade. Já o encontro que conclui as atividades ocorre no dia 1º de junho, na Associação da Tancredo Neves, no bairro do Ibura, às 10h

A programação gratuita inclui rodas de conversa, oficinas e recitais, sempre aos sábados, e é voltada para todas as idades, com atividades especialmente planejadas para as crianças. O festival garante acessibilidade comunicacional com intérpretes de libras em todos os encontros artísticos.

Pela manhã de hoje (25), haverá a roda de conversa Escrevivências na Cidade do Recife, com Karinne Costa e Marcondes FH, sob a mediação de Amanda Timóteo. À tarde, a programação continua com a oficina Conhecendo a Literatura Marginal Contemporânea, ministrada por Patricia Naia, e o Slam – Recital Já Pá Rua, que envolve a comunidade em um recital de poesia.

A edição inaugural do Fliperifa teve sua abertura no último sábado (18), na Rioteca, localizada no bairro da Torre, na comunidade Santa Luzia. O evento contou com a roda de conversa O Direito À Literatura, com as homenageadas Inaldete Pinheiro e Odailta Alves, mediada por Bell Puã, seguida pela oficina Poesia Cantada, coordenada por Adelaide Santos, e o primeiro Slam – Recital Já Pá Rua.

O festival termina no dia 1 de junho, na Associação da Tancredo Neves, no Ibura, às 10h. O encerramento contará com a roda de conversa Caneta de Mulher Escrita é Sobrevivência, com a participação de Priscila Ferraz, Elke Falkonier e mediação de Marcone Ribeiro. À tarde, ocorrerá a oficina Rima – Entre a Escrita e o Freestyle, com Original Lety, seguida por mais um Slam – Recital Já Pá Rua.

Para participar das oficinas, é necessário se inscrever através do link disponibilizado pela organização. Trinta por cento das vagas são reservadas para profissionais da educação pública, e os participantes receberão certificados. Também é possível, via formulário de inscrição, a participação como expositor e expositora. A exposição, venda ou troca de livros fica sob responsabilidade da própria pessoa. Vale destacar que as atividades são iniciadas às 10h e retornam às 14h, sempre aos sábados.

As intervenções do festival nas escolas municipais começaram na última quarta-feira (22), na creche da comunidade Santa Luzia, e continuam na Escola Novo Pina, na comunidade do Bode, no dia 28 de maio. A Escola Cícero Franklin será a próxima, no dia 3 de junho.

A Malateca, uma biblioteca viva e itinerante criada em 2018 por Magda Alves, é outra atração do festival. Com trocas e distribuição de livros, varal de poesias, recitais poéticos e contação de histórias, a Malateca visita as escolas participantes, levando ainda mais literatura às crianças das comunidades.

O Fliperifa é uma iniciativa idealizada por Palas Camila, pedagoga, arte-educadora e produtora cultural, e aprovada no edital Multilinguagens Recife Criativo, da Lei Paulo Gustavo do Recife. “Estamos perpetuando a arte nas zonas sul, leste e oeste da cidade do Recife e consideramos que os encontros são uma troca cultural entre essas regiões, além da expansão de saberes e conhecimentos”, destaca a idealizadora.

A curadoria literária do festival foi realizada por Bell Puã, poeta, cantora e compositora pernambucana, autora de três livros e finalista do Prêmio Jabuti. Segundo ela, o objetivo do festival é  “potencializar as expressões literárias nas zonas periféricas como uma forma de mudança social, mediante o incentivo à leitura e à escrita, entendendo também a importância da periferia traçar suas próprias narrativas”.

A equipe do festival é composta majoritariamente por mulheres, incluindo as produtoras locais, comunicadoras, fotógrafas e intérpretes de libras, além das homenageadas e curadoras.

Serviço:
25 de maio
Local: Livroteca Brincante do Pina
Manhã (10h)
Roda de conversa: Escrevivências na cidade do Recife
Convidada: Karinne Costa; Convidado: Marcondes FH
Mediadora: Amanda Timóteo
Tarde (14h)
Oficina: Conhecendo a Literatura Marginal Contemporânea
Mediadora: Patricia Naia
Slam – Recital Já Pá Rua
1º de junho
Local: Associação da Tancredo Neves (Ibura)
Manhã (10h)
Roda de conversa: Caneta de Mulher Escrita é Sobrevivência
Convidada: Priscila Ferraz e Elke Falkoniere
Mediador: Marcone Ribeiro
Tarde (14h)
Oficina: Rima – Entre a Escrita e o Freestyle
Mediadora: Original Lety
Slam – Recital Já Pá Rua