A primeira exposição individual do artista visual Ícaro Galvão no Recife está em cartaz na Arte Plural Galeria (APG), no Bairro do Recife. Intitulada O que restou do tempo, a mostra foi inaugurada neste sábado (24) e permanece aberta ao público até o dia 25 de julho, com visitação gratuita.
Reunindo cerca de 20 obras, a exposição propõe uma reflexão sobre a memória, o tempo e o esquecimento. As peças foram desenvolvidas a partir de fotografias antigas (pertencentes a acervos pessoais do século passado) adquiridas pelo artista em lojas de antiguidades, sebos e leilões. Utilizando diferentes técnicas, Ícaro transforma essas imagens por meio de cortes, rasgos, tecelagens e inserções de materiais como pregos e madeira de reaproveitamento.
“O ato de cortar e rasgar alude muito ao esquecimento, enquanto a tecelagem cria uma espécie de trama de memórias, interliga todos esses fragmentos”, explica o artista.


Além disso, parte das obras utiliza a cianotipia, processo artesanal e histórico da fotografia que resulta em imagens em tons de azul, produzidas com produtos químicos e luz solar. Em outras criações, Ícaro recorre ao uso de cartemas (repetições da mesma imagem fotográfica) como forma de explorar diferentes camadas do olhar e da lembrança.
A exposição conta com curadoria de Joana D’Arc Lima. Ícaro Galvão é bacharel em Fotografia pelo Centro Universitário AESO-Barros Melo (2019) e, em 2024, realizou sua primeira exposição individual – A Fina Linha Vermelha da Rememoração – na Casa de Câmara e Cadeia de Brejo da Madre de Deus, por meio de edital do Governo do Estado de Pernambuco.
A mostra O que restou do tempo acontece em paralelo à exposição De Tanto Olhar VI, do artista Rinaldo Silva, em cartaz no térreo da galeria.
Serviço:
Exposição: O que restou do tempo, de Ícaro Galvão
Local: Arte Plural Galeria – Rua da Moeda, 140, Recife Antigo
Período: até 25 de julho
Horários: segunda a sexta-feira, das 9h às 18h; sábados, das 14h às 18h
Entrada: gratuita
Instagram: @arte_plural_galeria | @icaroga


