Dirigido por Pedro Diógenes, A Filha do Palhaço chega aos cinemas brasileiros em 02 de maio, com produção da Marrevolto Filmes, em associação com a Pique-Bandeira Filmes, e distribuição da Embaúba Filmes.
Ganhador do principal prêmio na Mostra de Cinema de Gostoso e do prêmio de público na Mostra de Tiradentes, o longa é protagonizado pela estreante Lis Sutter e Demick Lopes (Greta, Inferninho), e tem também no elenco Jesuíta Barbosa, Jupyra Carvalho, Ana Luiza Rios e Valéria Vitoriano, entre outros.
A trama traz como personagem principal, Joana, uma adolescente que vai passar uma semana com seu pai, Renato, um humorista que interpreta uma personagem chamada Silvanelly. Esse tempo juntos será a oportunidade para se conhecerem melhor, enquanto a vida de ambos passa por grandes transformações.
“Silvanelly é inspirada na personagem do humor cearense Raimundinha, interpretado pelo ator Paulo Diógenes que, infelizmente nos deixou esse ano. Paulo Diógenes e sua Raimundinha levaram para o palco essa contradição vivida por várias pessoas que trabalham com humor. Todas as apresentações da Raimundinha acabavam com a personagem tirando a maquiagem e a fantasia, revelando o ator em um momento de bastante emoção ao som da música Sonhos de um Palhaço. O filme também nasce inspirado nessa emoção e é uma homenagem ao trabalho do Paulo Diógenes e de todos e todas que trabalham com humor aqui no Ceará”, conta Pedro Diógenes, que assina o roteiro com Amanda Pontes e Michelline Helena.
Renato não conhece bem sua filha, que cresceu longe do pai. Joana tem muitas perguntas, e Renato não está preparado para responder a todas elas. Ele vive o dilema de ter que subir num palco e fazer os outros rirem, enquanto passa por diversos conflitos internos com relação à paternidade e como revelar sua sexualidade para a filha adolescente. Na construção desse personagem, Demick Lopes trabalhou com as preparadoras de elenco Samya de Lavor e Elisa Porto, para chegar a esses dois lados quase que como duas personagens diferentes: Renato e Silvanelly.
Lis Sutter chegou ao filme por um processo de casting em toda a cidade de Fortaleza. “Apesar da pouquíssima experiência, ela fazia teatro no colégio, a cada encontro com ela tínhamos a certeza de que Lis era a pessoa certa para viver nossa Joana. O talento dela nos encantou. Ensaiamos bastante para ir encontrando os tons da relação dos dois. Foi um processo de preparação muito particular e cuidadoso, pois sabíamos que a Lis estava vivendo uma experiência como aquela pela primeira vez. E nisso a sensibilidade do Demick foi essencial. E toda essa preparação carinhosa e potente foi conduzida pelas atrizes Samya de Lavor e Elisa Porto.”
Este é um longa sobre transformação, sobre mudança, sobre busca e aceitação. “A narrativa é conduzida pela Joana, adolescente que supera seus medos e preconceitos para resolver questões familiares do passado. Um filme que aponta para possibilidade de famílias formadas das mais diversas formas possíveis. Não existe fórmula nem regra.”