A estilista franco-brasileira Lizzi decidiu fugir dos clichês apresentando um cenário retro-futurista. É a Maria Antonieta minimalista e dark, que distorceu conceitos entronizados de modelagem em formas que causavam espanto – e um tanto de desconforto. O desfile da marca foi um dos mais interessantes do Dragão Fashion Brasil, maior evento de moda autoral no Brasil que aconteceu em Fortaleza.
As coleções da Lizzi são desenhadas na França e exibidas no Brasil no Dragão Fashion. Ela mesclou elementos do passado europeu e misturou com lendas brasileiras, como o Bumba-meu-boi, de São Luís (MA). Foi ele a inspiração para os vidrilhos bordados. Da aristocracia trágica francesa vieram os linhos com tweeds e gazes transparentes.
“Nossa coleção mescla elementos da cena rock do século XX e a personagem trágica de Marie Antoinette (séc. XVIII), originando uma silhueta minimalista que privilegia os vestidos, dentro de sua gama de casacos, tailleurs, calças, blusas e saias”, disse Lizzi. Mas ela foi ainda mais longe. Segundo a designer, a coleção, batizada de “A Cidade Perversa”, pegou inspiração na obra do artista Gildas Rigaud, À Noite Os Azuis São Cinzas, que pensa estimulações visuais da vida noturna até a chegada do dia.
Por isso a cartela de cores tem como meta emular a noite – preto, branco, verde, vermelho, sempre com um tom melancólico e com um tanto de drama. Veja os looks exibidos no evento: