Crítica: Maroon 5 | Overexposed

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SEM SE ARRISCAR
Novo disco do Maroon 5 usa receitas batidas do pop

O maior trunfo do novo disco do Maroon 5 é a sua repetição. Ao ouvir o disco umas cinco, seis vezes, a impressão é que já o conhecemos intimamente. Nesses mais de dez anos de carreira, a banda liderada por Adam Levine conseguiu utilizar com maestria todas as técnicas e truques do cancioneiro pop. Uma delas é tornar a audição fluída e sem solavancos, para que tudo se torne familiar.

São tantas fórmulas, que de tão batidas, faz do ouvinte um íntimo da banda. Este quarto disco teve dezenas de produtores envolvidos e não possui uma proposta única, apostando em diversos estilos, inclusive com pitadas de reggae, R&B e dance. Funciona como se cada faixa pudesse se transformar em um single. No meio de tantas faixas que se parecem, já que seguem uma mesma receita, o disco ameaça cair na monotonia. Mas, acaba tão rápido que nem nos damos conta.

Alguns momentos se destacam, como “Payphone”, com uma linha de rap de Wiz Khalifa. “One More Night” apela na voz esganiçada de Levine. “Fortune Teller” tenta sair da zona de conforto com suas texturas eletrônicas, e figura como a melhor do álbum. No mais, é um disco feito para as fãs do Maroon 5 (ou mais especificamente, de seu líder).

Serve também para explicitar ainda mais a homogeinização e monotonia que se instaurou na música pop mainstream na primeira metade dos anos 10. [Paulo Floro]

220px Maroon 5 overexposedMAROON 5
Overexposed
[A&M/Octone, 2012]

Nota: 5,0

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