Crítica HQ: Selvagem Wolverine

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Foto: Divulgação/Marvel Comics.
Foto: Divulgação/Marvel Comics.
Foto: Divulgação/Marvel Comics.

Selvagem Wolverine traz aventura sexista pouco inspirada

A Terra Selvagem é um dos lugares fictícios mais interessantes da Marvel. Imagine só, um oásis tropical no meio da Antártica, habitado por dinossauros e povos guerreiros. E é nesse ambiente inóspito que Wolverine, maior astro da editora, cai pela milésima vez, agora para enfrentar uma ameaça do espaço.

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O quadrinista norte-coreano descendente de coreanos Frank Cho imaginou uma histórica bem típica dentro da cartilha de como fisgar leitores masculinos púberes: mulheres esculturais seminuas e ultra-violência. Famoso pela série Liberty Meadows, ele fez sucesso na Marvel por sua série de Shanna, a Mulher-Demônio, que aparece aqui como parceira de Wolverine. A trama coloca os dois personagens para investigar uma misteriosa máquina que mantém um alienígena preso por décadas.

Cho não se arriscou muito além dos incríveis painéis de luta e enquadramentos que privilegiam o monumento em formato de mulher que é Shanna. É algo bem explorado pela indústria de HQs nos anos 90, só que agora com a assinatura de autor e um roteiro um tantinho melhor. Para completar, há a participação totalmente aleatória de Hulk. Nada justifica uma HQ tão mediana quanto essa.

selvagemwolverine_ailhadamorte_panini_21012014SELVAGEM WOLVERINE
De Frank Cho (roteiro e arte)
[Panini Comics, 140 págs, R$ 14,90 / 2014]
Tradução: Christina Christiano e Bernardo Santana

Nota: 4,5