O músico mexicano e naturalizado norte-americano Alan Palomo é um dos nomes mais celebrados do novo synth-pop. Seu projeto Neon Indian chega ao terceiro disco com uma série de ideias que colocam o grupo no primeiro time da galera que está renovando o dance. Mais do que simplesmente fazer reverências às batidas oitentistas, eles conseguem mexer com psicodelia, house, disco, rock e ainda embalar o som em uma estética muito própria que é parte de um projeto multimídia muito maior.
Em relação aos dois discos anteriores, Psychic Chasms (2009) e Era Extraña (2011), VEGA INTL. é um produto mais sofisticado e melhor definido. Faixas como “Annie” e “Smut” mostram o quanto o grupo quer dialogar com novas audiências. Estão menos espontâneos e explosivos, mas seguem interessante na experimentação que fazem do dance enquanto performance artística. O disco ainda faz referência a um outro projeto de Palomo, VEGA, este bem mais experimental e que teve apenas um EP lançado.
Este terceiro disco, portanto, representa um novo começo para o artista no que diz respeito à suas intenções dentro do cenário pop. Palomo perdeu em intensidade nessa sua busca, mas é interessante o quanto ele parece focado. Para quem começou a carreira fazendo parte do grupo da já enterrada tendência do chillwave, este renascimento é uma vitória.