O cineasta Toni Venturi faleceu no sábado (18), aos 68 anos, após passar mal enquanto nadava na praia de Barra do Una, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas Venturi não resistiu e teve seu óbito confirmado às 17h40. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Caraguatatuba para os procedimentos legais. O velório do cineasta será realizado na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, hoje (20), das 13h às 20h.
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Antonio Venturi Neto, conhecido como Toni Venturi, formou-se em cinema pela Ryerson University, em Toronto, Canadá, e também estudou na Universidade de São Paulo (USP). Ao longo de sua carreira, dirigiu nove longas-metragens, entre ficções e documentários, acumulando 68 prêmios em festivais de cinema nacionais e internacionais.
Ele foi presidente da Associação Paulista dos Cineastas (Apaci) em 2001 e era sócio fundador da produtora Olhar Imaginário. Seus trabalhos mais notáveis incluem Latitude Zero (2002), baseado na peça As Coisas Ruins da Nossa Cabeça, de Fernando Bonassi, e Cabra-Cega (2005), sobre militantes durante a ditadura militar, premiado no 37º Festival de Brasília.
Outras produções de destaque são Estamos Juntos (2011) e A Comédia Divina (2017). Entre os documentários, destacam-se O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes (1997), vencedor do festival É Tudo Verdade, Dia de Festa (2006), sobre o movimento dos sem-teto de São Paulo, Rita Cadillac – A Lady do Povo (2010), Vocacional – Uma Aventura Humana (2012), e Dentro da Minha Pele (2020).
A morte de Venturi causou comoção e homenagens de diversas personalidades e instituições. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou suas condolências nas redes sociais.
Toni Venturi era casado com a atriz Débora Duboc, que atuou em diversos de seus filmes, e deixa dois filhos, Theo e Otto.