Por Fernando de Albuquerque, editor da Revista O Grito!. Fotos: Caroline Bittencourt
Quem esperava desanimação ficou redondamente enganado. O segundo dia do Rec Beat foi marcado por uma plateia incansável e extremamente lotada. Mais de oito mil pessoas permaneceram durante todo o festival prestigando desde o experimentalismo de A Banda de Joseph Tourton até o tecno-brega de Gabi Amarantos. Destaque para essa última que arrancou todo tipo de movimento e grito do público.
A Banda de Joseph Tourton apresentou um som instrumental que fez todos contemplarem o palco com extrema atenção. Mas apesar da animação quem arrancou gritos foi o Volver. Habituê dos palcos pernambucanos, eles levaram o povo à loucura com o seu som cheio de músicas com referências aos anos 1960 e 1970. Até mesmo a música nova, “Próxima Estação”, foi ovacionada.
Os americanos do Magic Slim trouxeram um blues cheio de suingue para as margens do Capibaribe. Depois deles foi a vez de King Coya e La Yegros. Os dijêis argentinos deram um show a parte transformando a área em frente ao Paço Alfândega em uma casa de shows bem descolada.
Quem roubou a cena mesmo foi Gabi Amarantos. Ela fez de tudo. Pediu aplauso? Foi atendida. Ensinou coreografia? Foi copiada. Pediu gritos e aplausos? Foi ovacionada. E isso tocando tecno brega diante de uma plateia alternativa. O festival parece estar se acostumando a referendar artistas populares, assim como fez com João do Morro no ano passado.
Gabi Amarantos, sem margem para dúvidas, volta para o Pará, sua terra natal, subindo um degrau a mais no hall da fama. Ela foi responsável pela plateia fazer a coreografia de “All The Single Ladies” em versão tecno brega, sob o título “Tô Solteira”. Muy parabéns!
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