“Até que eu me lembre” brinca com a relação entre o amor e a memória

Romance LGBTQIAPN+ é o primeiro a ser publicado pelo jornalista olindense Matheus Nascimento

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(Divulgação)

Até que eu me lembre é o título do primeiro romance a ser publicado pelo jornalista olindense Matheus Nascimento pela Editora Caligari. Inspirado em Como se fosse a primeira vez (2004), de Peter Segal, o livro explora a ligação entre o amor e a perda de memória com foco numa relação entre dois homens. A pré-venda está disponível até agosto no livro.vc.

O enredo principal acompanha a história de Joaquim, jovem negro, recifense, morador da Boa Vista que trabalha de garçom num restaurante do Sítio Histórico de Olinda. O protagonista torna um hábito ir para casa com uma cliente diferente quase todas as noites depois do turno apesar de ter uma síndrome rara de perda de memória recente que o faz esquecer dessas mulheres assim que o dia amanhece. Numa dessas manhãs, acaba descobrindo que, na verdade, levou um homem para cama na noite passada.

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Capa completa (Divulgação)

A narrativa se desenvolve a partir das descobertas pessoais do protagonista, tratamento da síndrome, suas relações familiares e o desbravar de uma paixão passível de esquecer. “Até que eu me lembre” traz junto aos seus personagens debates antirracistas, anticapacitistas e antifundamentalistas além da representatividade negra, de pessoas gordas, de pessoas surdas e LGBTQIAPN+.

“É um sonho que está se tornando realidade. Colocar no mundo um romance LGBTQIAPN+ com os pés em Recife, Olinda e Pernambuco é falar de quem eu sou e onde estão minhas raízes. O livro tem muito regionalismo, bairrismo, poema, brega, forró e militância. É uma história de amor leve que se intercala com a discussão de temas importantes, mas que sobretudo vem para me lançar como escritor, coisa que sou desde que me entendo por gente”, revelou o autor Matheus Nascimento.

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O autor, Matheus Nascimento (Foto: Fran Silva/ Divulgação)