No último conto da série, uma canção para o fim de uma era
"A última música lenta já ia começar. Eu conhecia a sequência de cor e salteado. Era Easy, dos Commodores. Respirei fundo. Era a hora de ir embora."
"Quando cresceu se afastou daquelas canções, assim como do pai. Vida, mundo, ideias a separá-los. Até aqueles dias. Os dias recentes."
"Quando fechei a porta e olhei para o portão, Michael Stipe ainda cantava “Eu, eu sou livre/Livre”. A rua tinha pouco movimento àquela hora. "
Às vezes pensavam ser coincidência, em outras, coisas da magia da vida, mas sempre que Mo Better Blues entrava na seleção musical, parecia que a barriga se mexia, pequenos solavancos que deixavam as mães emocionadas e plenas.
"Ela dançava sorrindo pra mim. Disse, falando pertinho do meu ouvido que o dj era amigo dela. E ia pedir uma música para nós."
Mas não adiantou eu gravar umas fitas. Ela gravou por cima e me mandou de volta com as bandas que ela gostava.