No último conto da série, uma canção para o fim de uma era
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A música estava no auge. Ele parecia ofegante, como se tivesse gasto toda a energia possível naqueles últimos minutos.
"Tinha um público pequeno, mas fiel. Às vezes se perguntava quem eram essas pessoas e o que as levava a passar duas horas da madrugada debatendo o programa"
Meu pai repetia sempre, como um mantra: ‘existem as bandas de rock e existe o Led Zeppelin’. O Led era outra coisa para ele.
"A última música lenta já ia começar. Eu conhecia a sequência de cor e salteado. Era Easy, dos Commodores. Respirei fundo. Era a hora de ir embora."
"Quando cresceu se afastou daquelas canções, assim como do pai. Vida, mundo, ideias a separá-los. Até aqueles dias. Os dias recentes."
"“Acabou”, ela disse pausadamente. Ele estancou o carinho. A mão suspensa, a respiração pausada. Ela sorriu, triste. "
"Quando fechei a porta e olhei para o portão, Michael Stipe ainda cantava “Eu, eu sou livre/Livre”. A rua tinha pouco movimento àquela hora. "
A música acabou. Fui colocada de volta ao mesmo lugar. Alex não estava mais lá. Eu também não estava mais. E nunca mais voltei daquele lugar.
"Marcaram novos encontros. Começaram a namorar. E ele, mesmo evitando tocar no assunto, sempre recorria a Elton John nos momentos de oscilações no relacionamento."