Crítica: Bloc Party | Four

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Novo álbum do Bloc Party é um mosaico de músicas que apostam no eletrônico

Por Juliana Dias

“Oh, have you got that already?”, do vocalista Kele Okerek, é a primeira frase que se escuta ao apertar o play. Depois aparece o restante da banda e, com ela, as músicas recheadas de batidas eletrônicas. Depois de Intimacy (2008), a banda está em uma nova fase e parece que deixou tudo isso bem claro para nós em Four: experimentação com riffs mais agressivos e o vocal mais rasgado nas faixas, a maioria bem curtas.

Nas doze músicas, temos essas novidades dissolvidas: a experimentação de “So Begins the Lie”, os gritos rasgados de “We Are Not Good People” até o som mais pesado  de “3×3” e “Kettlin”. “Octopus” é o lado mais calmo junto a “True”, “The Realing” e “Day Four”. No centro do álbum, “V.A.L.I.S.” é uma daquelas melodias grudentas, e a mais pop de todas. Será que é a aposta do Bloc Party para os próximos trabalhos?

Alguns comparam a nova música ao toque do Yeah Yeah Yeahs e Strokes, além de bandas como The Verve. Mas a maioria delas acabou ficando nos anos 2000, sem renovação. Se a aposta de Four é renovar, o objetivo foi completado mas, apesar de algumas músicas serem divertidas, falta um conjunto que identifique o álbum. Four veio para mostrar uma nova opção dentro do conjunto indie que ele faz e ajudou a criar, e que com certeza não é aquele que fez o nome da banda.

220px Bloc Party FourBLOC PARTY
Four
[Frenchkiss, 2012]

Nota: 5,0