Crítica: UR7 | UR7

UR7

Legado que atrapalha

Por Paulo Marcondes

A banda pop UR7 lançou recentemente seu primeiro registro, um álbum homônimo. Misturando influências que vão de Engenheiros do Hawaii à americana 3 Doors Down. O rock apresentado pelos pernambucanos lembra bastante Barão Vermelho, Cazuza e a Legião Urbana no final da década de 80.

O disco contém 10 faixas, abrindo com “Somos Inocentes”, que deixa evidente as ideias misturadas das bandas que foram citadas no primeiro parágrafo. O som é pop, pop rock, ou qualquer outro gênero que vocês prefiram chamar o rock nacional oitentista (mainstream).

Apesar de tudo estar bem tocado, no seu lugar, a sonoridade não é agradável para quem já cansou do marasmo que alguns grupos deram à cena independente nacional: acordes simples, efeitos razoavelmente manjados e letras que falam ou sobre a rotina ou algum caso amoroso que parece não ter acabado de maneira legal para o eu-lírico.

O disco preza por uma técnica bem executada, o que garante ao grupo algum futuro promissor. Faltou experimentar e ousar um pouco mais, pois o arroz e feijão do rock brasileiro passado, parece ter contaminado e muito, a nova geração do rock. Destaque para a faixa que abre o álbum: “Somos Inocentes”.

UR7 by UR7

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UR7
[Tratore, 2011]

NOTA: 5,0

Paulo Marcondes é jornalista e escreve no site AltNewspaper.