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As 20 Melhores Séries de 2024

Especial Melhores do Ano
– Os 20 Melhores Livros de 2024

Indiscutivelmente as séries estão hoje entre os produtos audiovisuais de maior penetração junto ao público. Os canais de streaming têm se desdobrado para oferecer aos espectadores uma panaceia de obras em formatos os mais diversos para saciar o desejo do público cada vez mais segmentado e formado por nichos específicos de interesse.

Com isso, além dos gêneros tradicionais – drama, comédia, policial, terror – tem se ampliado a oferta de séries e minisséries baseadas em acontecimentos reais, biográficas, obras com temática LGBTQIA+, de ficção cientifica, de histórias fantásticas e animes… A verdade é que existe atualmente séries para todos os gostos. 

A profusão de produções é tanta que fazer uma lista para apontar as melhores do ano é uma tarefa difícil. Assim, longe de nós a pretensão de apontar uma relação perfeita e impecável. As séries escolhidas, apesar do ranking, representam o que a redação da Revista O Grito! viu e gostou e deseja compartilhar com os leitores.   


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What We Do In The Shadows – 4ª Temporada (Disney+)

What We Do In The Shadows chamou atenção por sua premissa nonsense (vampiros centenários participam de um reality show sobre suas vidas guiados por seu lacaio humano) e cativou uma base de fãs a partir de seus personagens insanos e tontos na mesma medida. A quarta temporada é a melhor até agora e consegue fazer um ótimo mockumentário cheio de boas tiradas sobre a dificuldade de adaptação desses seres imortais no mundo do século 21. É uma excelente oportunidade para os criadores jogarem luz para os absurdos da vida contemporânea e as complexas relações humanas – Paulo Floro.


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Sugar (AppleTV+)

Essa é uma série para quem curte filme noir e histórias de detetives, mas está em busca de uma trama atraente e original. Protagonizada por Collin Farrel e com cinco dos oito episódios dirigidos pelo brasileiro Fernando Meirelles, a série criada por Mark Protosevich vai nos cativando tanto pelo seu enredo envolvente quanto pelas referências cinematográficas presentes na narrativa. O roteiro é criativo e mescla os clichês clássicos dos filmes hollywoodianos de detetives com situações inesperadas e uma sofisticada mise-en-scène, muito bem conduzida pela direção e um elenco afinado – Alexandre Figueirôa.


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Becoming Karl Lagerfeld (Disney+)

O universo da moda tem rendido inúmeros filmes e séries nos últimos anos. Nessas obras, invariavelmente, não é apenas o glamour dos desfiles e das maisons de costura e o talento dos e das estilistas que ganham foco, mas os seus bastidores repletos de intrigas, escândalos, fogueira das vaidades e chiliques. A produção da televisão francesa Becoming Karl Lagerfeld não é diferente nesse sentido, mas tem alguns trunfos que a tornam atraente. Ambientada nos anos 1970, ela conta a trajetória do designer de moda alemão Karl Lagerfeld, um desconhecido criador de prêt-a-porter que se tornou um dos ícones da alta costura francesa ao ingressar na Maison Chanel. A personalidade misteriosa do estilista, o triangulo amoroso dele com o dândi Jacques de Bascher e o estilista Yves Saint Laurent, os conflitos por conta de sua origem germânica compõem uma intriga cativante interpretada com precisão pelo ator Daniel Brühl – Alexandre Figueirôa.


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Duna: Profecia (HBO)

A série derivada dos filmes de Duna dirigidos por Dennis Villeneuve poderia ser apenas mais um oportunismo barato da indústria em busca de uma audiência curiosa e engajada na obra original. Mas Duna: Profecia tem personalidade própria e vai construindo a cada episódio um universo próprio que depende cada vez menos das referências da produção original. Com uma produção e elenco praticamente inteiro formado por mulheres, a série vai fundo na formação das Bene Gesserit, uma irmandade matriarcal que busca trazer ordem e equilíbrio ao império galáctico a partir do controle e influência sobre governantes. – Paulo Floro.


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O Problema dos 3 Corpos (Netflix)

A mistura de questões de mecânica celeste, partículas subatômicas, realidade virtual e extraterrestres resultou num sururu que deixou enlouquecidos os fãs de series de ficção cientifica. Adaptada pelos criadores de Game of Thrones e True Blood a partir da trilogia Lembranças do Passado da Terra, do escritor chinês Liu Cixin, a série provocou enormes debates sobre seu conteúdo. O frisson causado deu gás para a Netflix prometer mais duas temporadas depois das ameaças de cancelamento. – Alexandre Figueirôa.


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O Urso – 3ª Temporada (Disney+)

The Bear é uma experimentação ousada que reflete o caos de seus personagens. A série entrega momentos brilhantes, como os episódios “Napkins” e “Ice Chips”, enquanto flerta com a desordem narrativa. A temporada, marcada por flashes de genialidade e por uma incerteza estrutural, é como um prato excessivamente elaborado: saboroso, mas sobrecarregado. – Isabela Ferro.


ripley

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Ripley (Netflix)

Ripley se destaca pela abordagem lenta e crítica do alpinismo social. Com direção de Steven Zaillian, a minissérie aposta no preto e branco e no ritmo cadenciado, focando no tédio e nas repetições da alta sociedade. Ao invés de sensacionalismo, o suspense vem da expectativa, desafiando o espectador a refletir sobre a alienação e o vazio dos ricos. – Isabela Ferro.


entrevista com o vampiro

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Entrevista com o Vampiro (Prime Video)

A adaptação do famoso livro da escritora Anne Rice já rendeu um filme com Tom Cruise e Brad Pitt. Mas, se no filme de 1994 a violência e a forte carga sexual da trama ficavam muito mais nas entrelinhas, essa nova versão em formato de série escancara o conteúdo homoerótico e sadomasoquista da história. Nas duas temporadas, lançadas com diferença de poucas semanas, acompanhamos a história da relação do vampiro Louis du Lac e do seu criador Lestat de Lioncourt desde o início do século 20 na Louisiania até os dias atuais. Para quem gosta de terror gótico e muito sangue é um prato cheio – Alexandre Figueirôa.


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X-Men ‘97 (Disney+)

X-Men ’97 ressurge com a proposta de manter a essência da animação clássica dos anos 1990, ao mesmo tempo em que atualiza o visual e aprofunda o conteúdo. A série equilibra elementos de drama pessoal, como o triângulo amoroso de Scott, Jean e Wolverine, com uma discussão política relevante, abordando temas como supremacia branca e tolerância, com Magneto no centro desses debates. – Isabela Ferro.


fallout

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Fallout (Prime Video)

A adaptação de Fallout mantém o humor niilista da franquia dos games, equilibrando ação e crítica social. Com Ella Purnell liderando uma jornada cheia de dilemas, a série explora sobrevivência e moralidade em um mundo pós-apocalíptico, conquistando pela simplicidade. Não busca o épico, mas conquista pela narrativa bem executada e pela profundidade de sua mensagem. – Isabela Ferro.


o professor

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O Professor (Disney+)

Eis uma boa surpresa entre as séries com personagens LGBTQIA+. Esta simpática produção da FX exibida pela Disney+ é uma comédia criada e estrelada por Brian Jordan Alvarez no papel de um professor gay de ascendência latina em uma escola do ensino médio em Austin, no Texas. O mote da sitcom é o enfrentamento diário do professor contra o conservadorismo presente nas escolas estadunidenses. A partir de temas comuns como bullying, popularidade, isolamento, Alvarez, com um humor leve, mas provocante, toca em aspectos relevantes de questões como identidade gênero e preconceito – Alexandre Figueirôa.


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Arcane – 2ª Temporada (Netflix)

A segunda temporada de Arcane manteve o fôlego e a qualidade que tornaram sua estreia um marco, com narrativa intensa e visual deslumbrante. A série continua a impressionar com momentos marcantes e uma construção visual impecável. Apesar das limitações narrativas, a série reafirma seu lugar como uma das produções animadas mais ambiciosas — e caras — já feitas. O desafio agora será equilibrar emoção e profundidade em temporadas futuras. – Isabela Ferro.


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Os Quatro da Candelária (Netflix)

Em um ano relativamente fraco de produções nacionais para as plataformas de streaming, a minissérie ficcional dirigida por Luis Lomenha e Márcia Faria foi uma exceção honrosa. A trama conta a tragédia do episódio que ficou conhecido como Chacina da Candelária pela perspectiva de quatro crianças moradoras de rua. As histórias mostram esses meninos e meninas nas 36 horas que antecederam o assassinato de oito jovens no centro do Rio de Janeiro. A equipe que realizou a série, tanto artistas quanto técnicos, foi formada majoritariamente por pessoas negras e contou com a colaboração de sobreviventes do massacre. O resultado é uma obra tocante, reforçada por um elenco primoroso, cuja interpretação nos toca e atualiza uma ferida que continua exposta todos os dias nas grandes cidades brasileiras – Alexandre Figueirôa.


Hacks Season 3 Hannah Einbinder Jean Smart

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Hacks – 3º Temporada (Max)

Hacks aborda a relação conturbada entre uma atriz veterana de sucesso (Jean Smart) e sua roteirista jovem (Hannah Einbinder). Parte da tradição da HBO em criar séries que se equilibram entre o drama e a comédia, a produção começou apoiada nas piadas com a geração millenial e com a dificuldade dos mais velhos lidarem com as questões atuais, como as identidades de gênero e a crise climática. Sem falar, claro, dos bastidores do universo do showbiz. Mas aos poucos, a série foi evoluindo para lidar com questões mais profundas como a solidão e a relação complexa da amizade entre duas mulheres de gerações tão diferentes. A dupla de atrizes segue sendo o grande destaque nesta terceira temporada (a melhor até agora), trazendo choro e riso com muita fluidez e uma química impressionante. – Paulo Floro.


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Pinguim (HBO)

Pinguim expande o universo do mais recente longa de Batman com personalidade, destacando Colin Farrell como Oswald Cobblepot em uma jornada de ascensão no submundo de Gotham. Com uma trama que mescla drama mafioso e intrigas políticas, a série aprofunda a dinâmica da cidade como personagem central. Além disso, explora temas de ambição e poder, preparando terreno para Batman 2 e consolidando o universo sombrio de Matt Reeves. – Isabela Ferro.


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True Detective: Terra Noturna (HBO)

Criada por Nic Pizzolato, a série True Detective ganhou um reboot em 2024 nas mãos da mexicana Issa López, o que devolveu a antologia para o lugar de destaque que tinha na TV até 2019. Estrelado por Jodie Foster e Kali Reis, a série retomou o seu aspecto sobrenatural para abordar uma história tenebrosa cheia de mortes misteriosas nas terras geladas do Alasca. López dirigiu todos os episódios da temporada, algo raríssimo na indústria de séries, o que deu uma coesão e imersão necessárias para que o espectador adentrasse naquele universo gelado e assustador. Ao contrário das séries de crime baseadas no cinismo e apoiadas no pior lado do ser humano, True Detective não abre mão de explorar as nuances da humanidade de suas personagens, por mais complexas e contraditórias que possam parecer. – Paulo Floro


nick charlie Heartstopper

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Heartstopper – 3º Temporada (Netflix)

A nova temporada desta série adaptada da HQ homônima de Alice Oseman, mantém a fofura das precedentes, embora desta feita vamos encontrar os protagonistas enamorados Charlie e Nick e seus amigos e amigas adolescentes enfrentando problemas bem mais sérios. O amadurecimento e o surgimento de dificuldades inerentes a essa nova fase da vida conduzem o eixo narrativo da trama. Apesar do tom mais sisudo e tensão de alguns momentos, a transparência e a sinceridade na forma de encarar as transformações e vê-las como algo inevitável e necessário de ser debatido garantem o interesse do primeiro ao último episódio – Alexandre Figueirôa.


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Bebê Rena (Netflix)

Em meio à saturação de produções sobre crimes reais, Bebê Rena se destaca por transcender o sensacionalismo do gênero, explorando obsessão, trauma e autodescoberta. Inspirada na vida de seu criador, a narrativa usa o crime como pano de fundo para um estudo psicológico denso, marcado por um humor ácido e uma atmosfera sombria. Com sensibilidade, aborda temas difíceis sem recorrer às fórmulas convencionais. – Isabela Ferro.


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Disclaimer (AppleTV+)

O cineasta mexicano Alfonso Cuarón escreveu e dirigiu essa minissérie de suspense psicológico confirmando seu talento já visto em outras produções como o belo filme Roma. Nela, uma jornalista investigativa vê sua vida familiar e profissional desmoronar por conta de um episódio nebuloso do passado. Protagonizada pela atriz Cate Blanchett, a série tem como tema central o confronto entre realidade e ficção, gancho para um conjunto de reviravoltas que prendem a atenção do espectador do início ao fim. A excelente direção dos atores e a interpretação convincente de Blanchett, bem como a fotografia e a montagem, finamente trabalhadas nas alternâncias entre o passado e o presente, fazem de Disclaimer uma das melhores estreias do ano – Alexandre Figueirôa.


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Xógum: A Gloriosa História do Japão (Disney+)

Xógum – A Gloriosa Saga do Japão explora as intrigas palacianas do Japão feudal, com ênfase nas traições, lealdade e sacrifício. O foco da série está nas relações de subserviência e honra, características centrais da sociedade samurai, enquanto a tensão é alimentada por reviravoltas dramáticas, como mortes e ataques. Xógum se distingue por seu exotismo e o detalhado cuidado com a cultura japonesa. – Isabela Ferro.

Especial Melhores do Ano
– Os 20 Melhores Livros de 2024

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