O Festival de Circo do Brasil (FCB) celebra sua 18ª edição de 1 a 10 de novembro. Com o tema Semente, o evento traz uma programação diversificada e uma proposta focada na formação artística circense. O festival é realizado pela Luni Produções e conta com patrocínio da Petrobras e Capricche, através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal.
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Ao longo de 10 dias, o FCB oferecerá uma série de atividades, incluindo espetáculos nacionais e internacionais, oficinas, palestras, sessões de cinema e uma feira criativa. O objetivo é estimular a criação circense no Brasil e promover trocas artísticas entre profissionais, estudantes e o público em geral. Todas as atividades serão acessíveis, com algumas gratuitas e outras a preços populares, que variam a partir de R$5.
Espetáculo de abertura
A cerimônia de abertura acontecerá no dia 1º de novembro, às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho, com o espetáculo Fora, da artista Alice Rende. Radicada na França, Alice Rende foi impulsionada pelo FCB em 2016, ao participar do projeto Circus Incubator. Pela primeira vez no Brasil, a artista apresentará Fora, uma performance de contorcionismo que explora o corpo em uma caixa de plexiglass, inspirada em suas pesquisas somáticas com moradores de rua e hospitais psiquiátricos do Rio de Janeiro.
O espetáculo será reapresentado no Teatro Hermilo Borba Filho no dia 2 de novembro, e posteriormente em locais públicos como a Praça Lauro Nigro, em Olinda (8 de novembro), e a Praça do Arsenal (9 de novembro).
Programação e presença pernambucana
O primeiro fim de semana do festival será marcado por uma ocupação no Parque Santana, nos dias 2 e 3 de novembro, com atrações gratuitas que incluem vivências circenses, um circuito de skate, teatro de lambe-lambe e apresentações musicais, como o Coco dos Pretos. Uma parceria com a Feira Na Laje garantirá a presença de marcas locais, com inscrições abertas até 25 de outubro para os expositores.
Pernambuco será representado na programação com espetáculos como A Engrenagem que Nos Move, da Raio de Sol, no Teatro do Parque (9 de novembro), uma adaptação circense do espetáculo que consagrou a quadrilha vencedora do Concurso de Quadrilhas Juninas do Recife. Além disso, Circo Science – Do Mangue ao Picadeiro, da Trupe Circus, homenageará Chico Science e os 30 anos do Movimento Manguebeat, no mesmo local, no dia 10 de novembro.
Colaboração artística e novas criações
A edição de 2024 marca um novo momento para o festival, com a introdução de um Edital de Apoio à Criação Artística, que recebeu 70 inscrições de diversas partes do Brasil. Durante o evento, será realizado um pitching para selecionar uma criação inédita, que receberá um prêmio de R$ 10 mil, além de oportunidades de residência artística internacional. O projeto vencedor será apresentado no Festival de Circo do Brasil em 2025.
Atividades formativas
O festival também investe na formação de novos talentos circenses com uma grade de oficinas e workshops entre 4 e 9 de novembro. Entre os destaques estão oficinas de criação artística, flexibilidade e movimento criativo, e ritmo e musicalidade, com a participação de profissionais como Alice Rende, Duda Maia e Ésio Magalhães.
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A céu aberto
Além das apresentações em espaços fechados, o festival terá sessões ao ar livre em locais como o Marco Zero, Praça do Arsenal e Praça Lauro Nigro. Essa programação será integrada ao Festival Rec’n’Play, que ocorre em paralelo no Recife.
A programação completa está disponível no site oficial do evento. Os ingressos para as apresentações em teatros variam entre R$5 e R$20, com vendas pela plataforma Sympla. Todos os espetáculos realizados em teatros contarão com recursos de acessibilidade comunicacional, como Libras e audiodescrição.