Flip 2024: Festa literária internacional celebra a diversidade da literatura brasileira

No evento, escritores se reúnem para discutir temas contemporâneos

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Foto: Flip/Divulgação.

A 22ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) encerrou-se neste domingo (13), após cinco dias de programação cultural que atraiu entre 27 mil e 30 mil visitantes à histórica cidade do litoral sul do Rio de Janeiro. O festival, considerado um dos principais eventos literários do país, promoveu 20 mesas de debate que abordaram questões contemporâneas urgentes, como emergência climática, fake news e autoritarismo.

Entre os autores participantes estavam a brasileira Carla Madeira, a mexicana Jazmina Barrera, o colombiano Juan Cárdenas e o palestino Atef Abu Saif, que ressaltaram a importância da literatura como um meio de discutir e refletir sobre a sociedade atual. “Trouxeram para o centro de seus debates a pluralidade de visões e sensibilidades que estão em jogo na contemporaneidade”, afirmaram os organizadores do evento.

O influenciador digital Felipe Neto, que lançou recentemente um livro sobre ódio e polarização política, também participou, dividindo uma mesa com a jornalista Patrícia Campos Mello, autora de A Máquina do Ódio.

Além das discussões literárias, o festival contou com a Flip+, uma programação paralela e gratuita que incluiu sessões de cinema, lançamentos de livros e atividades educativas. A programação principal foi exibida simultaneamente em um telão instalado na Praça da Matriz e transmitida pelo YouTube, onde mais de 53 mil pessoas assistiram, mais do que o dobro dos 25 mil internautas registrados em 2023. Somente as atividades educativas envolveram ao menos 5,5 mil participantes.

Na livraria oficial do evento, destacaram-se os seguintes livros como os mais vendidos: A Alma Encantadora das Ruas, de João do Rio; A Mais Recôndita Memória dos Homens, de Mohamed Mbougar Sarr; Quero Estar Acordado Quando Morrer, de Atef Abu Saif; Descolonizando Afetos, de Geni Nunez; Mudar: Método, de Édouard Louis; Felizes por Enquanto, de Geni Nunez; Canção do Amor, de Txai Surui; Lutas e Metamorfoses de Uma Mulher, de Édouard Louis; O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório; A Árvore Mais Sozinha do Mundo, de Mariana Carrara; Monique se Liberta, de Édouard Louis; A Vegetariana, de Han Kang; Quem Matou Meu Pai, de Édouard Louis; e Tudo é Rio, de Carla Madeira.

A Flip deste ano homenageou o escritor carioca João do Rio (1881-1921), reforçando seu legado e a importância da literatura na construção da cultura brasileira.

Com informações da Agência Brasil.