Rafa Noleto explora sonoridades da MPB ao bolero no disco de estreia Cantositor

As composições abordam desde experiências de amor até a influência de sua musa Gal Costa

Rafa Noleto por Marcus Negrao 02
O maranhense começou a cantar em 2001 na cidade de Belém (PA), onde estudou piano e formou-se em Licenciatura em Música. (Foto: Marcus Negrão/Divulgação).

Cantositor, este é o nome que leva o primeiro disco autoral do maranhense Rafa Noleto. O termo, segundo ele, surgiu a partir da necessidade de se entender como artista. “Apesar de compor, minha atividade musical principal é cantar. Eu penso e faço música com a perspectiva de um cantor. E isso aguçou uma autopercepção de que sou um ‘cantositor'”, conta. O trabalho foi lançado nesta sexta-feira (14) e reúne 14 canções, novas e antigas, que carregam sonoridades da MPB, da bossa nova, do samba rock e do bolero.

“Esse álbum foi gravado entre 2021 e 2022, mas foi gestado durante 20 anos de vida musical”, explica Noleto que é cantor, antropólogo e “cantositor”. Foi somente depois de alguns anos dedicados à vida acadêmica, especificamente durante a pandemia de Covid-19, que ele retomou as atividades musicais e percebeu a importância de mostrar esse seu lado. “Entendi que os sonhos precisam ser realizados sempre com urgência.”

Ele revela que aprendeu o ato de cantar ouvindo Gal Costa, sua primeira referência musical e a grande homenageada na faixa “Musa”. “Que referências um menino gay na década de 1980, que sonhava em ser cantor, poderia ter?”, relembra o autor, que na vida adulta viria a se debruçar sobre a obra de Gal a partir do seu olhar de antropólogo ligado aos estudos de gênero e sexualidade.

Com produção musical de Bruno Chaves em parceria com Rafa Noleto, o disco tem participações especiais do violinista Gustavo Otesbelgue, em “Mar Profundo”; do musicista Gabriel Redü na faixa “Lua”; e do guitarrista Gustavo Mustafé, em “Por todas as noites” e “Madrugada”.

Ouça Cantositor: