A 26ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes encerrou neste final de semana com saldo positivo para os filmes exibidos e para o audiovisual brasileiro como um todo. Além de entregar prêmios aos longas, o Fórum de Tiradentes, iniciativa da mostra, reuniu mais de 50 profissionais para um diagnóstico do audiovisual brasileiro com o objetivo de formular um amplo documento listando as dificuldades e caminhos para o fomento, a ser encaminhado para o recém-refundado Ministério da Cultura.
O Fórum deu origem à Carta de Tiradentes, que enumera 17 pontos, onde os profissionais apontam retrocessos sofridos pelo setor nos últimos anos e apresentam demandas nas diferentes áreas de formação, produção, distribuição, exibição e de preservação. Na discussão, há temas envolvendo, por exemplo, o fortalecimento do Conselho Superior de Cinema (CSC) e da Secretaria do Audiovisual (SAV), a regulação dos serviços de streaming, a descentralização de investimentos, a reintegração da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e das TVs públicas ao ecossistema do audiovisual brasileiro e a implementação de políticas de ampliação do acesso aos filmes brasileiros. A carta está disponível no site do evento.
Na premiação, pela Mostra Aurora, a categoria de maior destaque do evento, foi consagrado o longa mineiro As Linhas da Minha Mão, de João Dumans. O documentário acompanha a trajetória de uma atriz que relata sua experiência com a arte e a loucura. A Mostra Aurora é uma categoria que abre espaço para diretores que tenha até três filmes no currículo, dando visibilidade a nova safra de cineastas.
Esta 26ª edição ainda homenageou na sua abertura os cineastas Ary Rosa e Glenda Nicácio, além de ter exibido 134 filmes provenientes de 19 estados do país, entre curtas, médias e longas-metragens, e realizado debates, oficinas, apresentações artísticas, shows e lançamento de livros.
Confira a lista completa dos premiados da 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes:
•Melhor curta-metragem pelo Júri Oficial, Mostra Foco: “Remendo” (ES), direção de Roger Hill.
Troféu Barroco.
Do CTAV: Master DCP para curta até 20 minutos
Da Naymovie: Prêmio Edina Fujii – R$ 5.000,00 (cinco mil reais), equivalente a locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa NAYMOVIE para serem utilizados em uma única produção
Da Mistika: R$ 6.000,00 (seis mil reais) em serviços de finalização.
Da DOT Cine: 2 (duas) diárias de correção de cor.
•Prêmio Canal Brasil de Curtas: “Remendo” (ES), direção de Roger Hill.
Prêmio de R$ 15 mil.
•Prêmio Helena Ignez para destaque feminino: Edna Maria, atriz, “Cervejas no Escuro” (PB).
•Melhor longa-metragem pelo Júri Jovem, da Mostra Olhos Livres, Prêmio Carlos Reichenbach:
“O Canto das Amapolas” (RJ), de Paula Gaitán.
Troféu Barroco;
Da Naymovie: Prêmio Edina Fujii – R$ 15.000,00 (quinze mil reais), equivalente a locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa NAYMOVIE para serem utilizados em uma única produção.
Da Cinecolor: 5 diárias de correção de cor.
Da Mistika: R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em serviços de finalização.
Da DOT Cine: master DCP para longa de até 120 minutos.
•Melhor longa-metragem da Mostra Aurora, pelo Júri Oficial: “As Linhas da Minha Mão” (MG), de João Dumans.
Troféu Barroco.
Da The End: R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) em serviços de pós-produção (laboratório digital, sync, dailies, conform, correção de cor, animação, composição, 3D e masterização).
Da Naymovie: Prêmio Edina Fujii – R$ 15.000,00 (quinze mil reais), equivalente a locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa NAYMOVIE para serem utilizados em uma única produção.
Da Cinecolor: 5 (cinco) diárias de correção de cor.
Da DOT Cine: master DCP para longa até 120 minutos.
•Melhor longa-metragem pelo Júri Popular: “A Filha do Palhaço” (CE), de Pedro Diógenes
•Melhor curta-metragem pelo Júri Popular: “Nossa Mãe Era Atriz” (MG), de André Novais Oliveira e Renato Novais Oliveira
•Prêmio O2 Play: “O Estranho” (SP), de Flora Dias e Juruna Mallon.
•Prêmio DOT The End: “As Muitas Mortes de Antônio Parreiras” (RJ), de Lucas Parente
•Prêmio Festival de Málaga: “Idade da Pedra” (SP), de Renan Rovida.
Com informações da Agência Brasil.