Edição definitiva, A Piada Mortal teve as cores refeitas pelo seu artista, Brian Bolland
BATMAN – A PIADA MORTAL EDIÇÃO DE LUXO
Alan Moore (texto) e Brian Bolland (arte)
[Panini, 84 págs, R$ 19,9]
Com meses de atraso, chega às lojas especializadas a edição especial de uma das mais conhecidas histórias do Homem-Morcego. O lançamento deveria aproveitar a chegada aos cinemas de Batman – O Cavaleiro das Trevas, mas só agora, com a volta do filme para as telonas na tecnologia iMax e dois Oscar no currículo, incluindo um para o Coringa de Heath Ledger, A Piada Mortal foi lançado pela Panini. Moore mergulhou na mente do psicótico mais emblemático dos quadrinhos para contar sua origem e sua relação com Batman.
Coringa aqui já tem todas as características que o fizeram conhecido até por quem não lê HQ’s, mas faltou um ingrediente que só seria adicionado anos depois por Grant Morrison e Dave McKean no clássico Asilo Arkham: a personalidade assustadora, a silhueta do horror, que Ledger utilizou tão bem em sua interpretação. Uma comicidade engraçada apenas àqueles que apreciam o sadismo ou compreendem a loucura. De fato, na biblioteca essencial de Batman – que vai das histórias de Neil Adams, passando pelo Ano Um, Frank Miller e chegando até o futurismo pop de Paul Pope – A Piada Mortal se insurge como uma das mais importantes.
A edição da Panini também faz jus, com capa dura e papel LWC. Outro detalhe importante nesta nova edição é que o desenhista Bollanda pôde finalmente colorir à sua maneira toda a HQ, o que não foi possível quando ela foi lançada. A obra já teve várias versões aqui no Brasil, até mesmo uma versão de bolso, caréssima e em preto e branco. A última delas incluída num encadernando de Moore (Grandes Clássicos DC # 09) pela Panini. Já não era sem tempo dar essa alegria ao colecionador.
NOTA: 8,5