Realizado pela UNIDAS – Rede de Mulheres entre a Alemanha, América Latina e Caribe, pelo Goethe-Institut e pelo Ministério Alemão das Relações Exteriores, que patrocina o projeto através do seu ministro Heiko Maas, e com apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM-BA), o encontro se dispõe a dar substância aos propósitos da rede UNIDAS, lançada em abril de 2019, também em Salvador, e consolidada em maio daquele ano, na Alemanha, com objetivo de criar parcerias entre este país e os da América Latina e do Caribe, com foco na igualdade de gênero e no desenvolvimento de estratégias para promoção de sociedades mais estáveis e seguras. O grupo pretende fortalecer o envolvimento e a liderança das mulheres na sociedade, na política, na área de negócios e na ciência, além de fomentar um intercâmbio de aprendizado e colaboração mútuos entre estas regiões, onde movimentos pelos direitos das mulheres vêm sendo sistematicamente apoiados.
“O fortalecimento da sociedade civil é uma das principais prioridades do Goethe-Institut em todo o mundo, e isto inclui as mulheres em toda sua diversidade e facetas. O Goethe-Institut em Salvador é um lugar de empoderamento e um abrigo para todas as mulheres: negras, brancas, indígenas, trans, cis, lésbicas, hétero, mulheres com deficiência, periféricas, urbanas, marginalizadas e de origens precárias”, afirma Manfred Stoffl, diretor executivo do Goethe-Institut Salvador-Bahia. Maria Fiedler, coordenadora da Programação Cultural da mesma instituição, acrescenta: “Estamos muito felizes com a presença de tantas mulheres potentes na conferência, tanto no Brasil como na Alemanha. Estamos empolgadas com as possíveis trocas e debates que possam surgir a partir desse encontro, no intuito de abrir novas perspectivas e ampliar e fortalecer as redes já formadas”.
A partir de uma curadoria formada integralmente por mulheres, as ativistas que estarão na capital baiana são reconhecidas como militantes artísticas, negras, indígenas, LGBTQI+, periféricas, anticapacitistas, políticas, educacionais e sociais. “É uma oportunidade importante de contribuir para o aprofundamento do debate sobre as desigualdades de gênero, sobre as hierarquias raciais e outros fatores de interseccionalidade, tão relevantes para a reconstrução da democracia no Brasil. Debateremos diversos temas, com mulheres das mais variadas identidades, para que, a partir de olhares multirreferenciados, possamos reelaborar estratégias de resistência e contribuir para minimizar os impactos de uma história de exclusão no Brasil”, opina Carol Barreto, modAtivista, professora e pesquisadora, que compôs a curadoria.