Vencedora do reality norte-americano Queen of the Universe e apresentadora do Drag Race Brasil, Grag Queen reafirma seu posto como uma das drag queens mais influentes do mundo. Em Cósmica, Grag amplia ainda mais seu universo artístico, mostrando que o espaço, assim como a música, é infinito quando nasce de dentro. “Tudo banhado e envolto por uma narrativa de uma pessoa que sofre, ama, tem problemas como a gente, para que consiga também se ver nessas letras e ouvir música boa e dançar, e muito instrumento orgânico. Quis ir totalmente a favor do meu coração”, conta.
O novo disco promete transportar o público para uma experiência musical intergaláctica, que une disco music, soul e pop contemporâneo em um universo de emoções, autenticidade e representatividade. “O álbum é bem top, bem musical, tem essa alma de soul, de blues. Tem umas músicas mais lentas, e também quando fica mais solar, vem para esse lado mais disco, mais house”, detalha a artista.
A artista já apresentou a capa oficial do álbum. Em sua versão sonorizada, ela traz um trecho inédito da faixa “Fantoches”, uma das músicas que integram o projeto. Com um olhar sensível e poético, a canção acompanha o álbum ao narrar um processo de amadurecimento e autodescoberta, refletindo sobre o sentimento de se sentir deslocada em meio ao mundo e à própria jornada. A faixa dá o tom da nova fase de Grag, que transforma seus sentimentos em arte, reforçando a conexão entre o humano e o cósmico.
Grégory Mohd sempre quis ser cantor, mas não sonhava em ser famoso. O começo na música aconteceu na igreja evangélica e, mais tarde, em musicais, onde aperfeiçoou as suas técnicas vocais. Anos depois, aproximou-se do universo das drag queens e criou, com um amigo, o duo Armário de Saia, dando à luz Grag Queen. E embora Grégory não estivesse interessado na fama, a sua persona artística estava destinada a ela.
Em novembro de 2021, Grag Queen foi anunciada no elenco de Queen of the Universe, um reality musical exclusivo para drag queens. Um mês depois, a artista da cidade de Canela, no Rio Grande do Sul, ganhava o programa e o título de Rainha do Universo, iniciando uma jornada sem freio na música, que rapidamente se misturaria à responsabilidade de comandar o Drag Race Brasil, versão brasileira de RuPaul’s Drag Race, maior competição para drag queens do mundo.
A segunda temporada de Drag Race Brasil encerrou sua exibição em setembro de 2025, coroando a pernambucana Ruby Nox como a vencedora em um evento final realizado em São Paulo. “A segunda temporada foi um sucesso, isso é um bapho! Criei amigas dentro do programa, minhas filhas, tenho trabalhado com elas”, celebra Grag.
Qual expectativa para o início dessa era “Cósmica”, com apresentações em São Paulo?
Estou muito animada! É um projeto muito grande, é o que demorou mais tempo. Dentre os trabalhos que já fiz, esse é um de muita ansiedade. Meu primeiro álbum! Vocês devem imaginar o quanto todo artista fica ansioso nesse momento, porque literalmente todas as faixas têm a minha história, todas coloquei a minha mão, eu compus. Então, estou muito animada para o público conhecer esse projeto que fala muito de mim.
Esse novo momento faz parte do novo álbum que será lançado no fim do mês. Quais sonoridades e estilos o álbum traz?
O álbum é bem top, bem musical, tem essa alma de soul, de blues. Tem umas músicas mais lentas, e também quando fica mais solar, vem para esse lado mais disco, mais house, porém tudo banhado e envolto por uma narrativa de uma pessoa que sofre, ama, tem problemas como a gente, para que consiga também se ver nessas letras e ouvir música boa e dançar, e muito instrumento orgânico. Quis ir totalmente a favor do meu coração.
Quais músicas já lançadas este ano fazem parte do repertório?
Por enquanto, já lancei Sideral, que é a segunda música do álbum.
Como avalia o atual momento da sua carreira?
Posso dizer, sem pestanejar, sem pensar duas vezes, que nunca estive tão feliz, alinhada, organizada, e isso vem também de se organizar internamente também, de aceitar, curar os traumas, se perdoar, fazer terapia. E é isso que quero trazer muito dentro desse álbum: a necessidade da gente viver perto do nosso universo interior, que não deixa de ser cósmico.
Quais cantoras/cantores inspiram você, Grag?
Sou maluco de Christina Aguilera, adoro Beyoncé, Whitney Houston, sabe, os clássicos! Sou do clássico, mas é óbvio que também adoro ouvir coisa moderna. Sou doida de cover, adoro ficar vendo reality musical e chorando junto com as pessoas. Então, toda pessoa que tenha originalidade, essa vontade e fome de cantar, eu adoro! Me emociono muito com as pessoas cantando.
Como é para você ser uma drags mais importantes e com influência e voz dentro da nossa comunidade no Brasil e mundialmente?
É surreal e, ao mesmo tempo, agradeço e me sinto muito honrada por isso, porque é um lugar muito grande, de muita responsabilidade, e que também quis muito estar e lutei muito para estar aqui. Então eu sou muito grata por me ouvirem e me apreciarem, e que sigamos sendo um farol para iluminar muitas outras drags, como eu um dia estive, lá começando, sonhando e buscando o meu espaço.
sua nova era (Foto: Divulgação).
Pessoalmente, qual o saldo da segunda edição do Drag Race Brasil até aqui na sua trajetória?
A segunda temporada foi um sucesso, isso é um bapho! Criei amigas dentro do programa, minhas filhas, tenho trabalhado com elas, dividido o palco com elas, e isso sempre me ajuda, tanto para a minha trajetória pessoal quanto profissional, mas a maior riqueza é conhecer as histórias delas, se ver nelas, conviver e trabalhar juntas nessa jornada da vida.
E por fim, fala da gente da turnê do novo disco. O que podemos esperar da agenda?
Já estamos cheios de datas! Logo mais serão reveladas! Estamos fechando as negociações, mas por enquanto também já posso falar que vou estar em todas as edições da turnê do Drag Race Brasil Ao Vivo. As turnês estão incríveis e quero cantar muito para vocês! Já que esse álbum saiu do estúdio, agora vou sair de casa para cantar nos palcos!
Cósmica sai dia 27 de novembro pela Warner Music.
