Em 2020, alto da pandemia, Tagore perdeu seu pai, o artista plástico Fernando Suassuna e iniciou um processo de luto, até então inédito para o cantor e compositor recifense. A experiência se transformou em música e num disco previsto para sair em 2024.
O single, já acompanhado de clipe, “Barra de Jangada” é então uma homenagem ao pai, a Alceu Valença e a Paulo Rafael (Ave Sangria), os últimos dois eram parceiros musicais de anos. Com imagens tropicais tiradas da internet, Tagore buscou trazer um pouco da nostalgia de relembrar o bairro Barra de Jangada, onde viveu com a família nos anos 90.
Impulsionada por essas memórias afetivas, a sonoridade deste novo trabalho terminou se voltando para essa década trazendo artistas que estão no imaginário dos pernambucanos e nordestinos pelo país, como Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Lula Côrtes, Elba Ramalho, entre outros. Ao dar o primeiro play, quem tiver os ouvidos atentos vai perceber uma relação direta à canção “Como Dois Animais” de Alceu Valença, mesclada aos ecos vazios de “Solidão”, outro hino do consagrado bicho maluco beleza.
O novo trabalho terminou fazendo sentido também enquanto homenagem a Paulo Rafael, que a partir da participação em seu disco de estreia, “Movido a Vapor”, criou forte amizade com Tagore. O clipe traz imagens em VHS e atualizadas com imagens do artista em Barra de Jangada, que além de ser o nome da música é também o nome do álbum.
Para a capa, Tagore segue nas homenagens e traz um quadro de seu pai para ilustrar o single. “Barra de Jangada” está disponível em todas as plataformas de streaming, com clipe no canal do artista no Youtube, sai pelo Selo Estelita e tem produção do próprio Tagore ao lado de João Felipe Cavalcanti e Pedro Diniz, e mixagem de Mauro Arruda e masterização de Leo D.