“Suçuarana”, road movie nacional, estreia nos cinemas em setembro

Ficção de Clarissa Campolina e Sérgio Borges percorre paisagens marcadas pela mineração

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(Divulgação)

Suçuarana introduz a jornada da protagonista Dora, que o espectador irá acompanhar nos próximos 85 minutos do novo longa-metragem de Clarissa Campolina e Sérgio Borges, produzido pela produtora mineira Anavilhana e distribuído pela Embaúba Filmes. Trazendo uma estética que mescla o realismo social e o fantástico, o filme propõe reflexão sobre deslocamento e permanência e estreia em 11 de setembro nos cinemas.

Os cinco candangos que o longa levou para casa no 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro — Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Fotografia, Melhor Edição de Som, Melhor Montagem — consolidam o trabalho maduro da dupla de diretores, ambos com trajetórias sólidas no cinema brasileiro além de passagens e premiações importantes por festivais internacionais.

Além de Brasília, Suçuarana teve a sua estreia mundial na 60ª edição do Festival Internacional de Cinema de Chicago, passou pelo Festival de Cinema de Rotterdam e foi reconhecido no International Film Festival of Innsbruck, na Áustria, que concedeu ao longa o prêmio de Melhor Filme, e o Festival Internacional del Cine de Cuenca, no Equador, onde venceu nas categorias de Melhor Direção e Melhor Filme.

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Sinara Teles é quem dá vida a Dora, mulher solitária que vive na estrada há anos sem um pouso fixo. Pegando carona ou comprando passagens de ônibus até onde a linha permitir, a personagem gradualmente entende que seu modo de estar no mundo é o movimento. Seu único apego parece ser uma foto de sua mãe num lugar idílico chamado “Vale do Suçuarana”, motivo principal para continuar na estrada. Ao longo do caminho, Dora conhece outros personagens que também procuram uma maneira de sobreviver neste mundo devastado. Um deles é Ernesto, interpretado pelo premiado ator Carlos Francisco, figura que cruza o caminho da protagonista mais de uma vez durante a trama e lhe revela uma nova possibilidade de pertencimento. O simpático cão Encrenca também fará parte da travessia de Dora, numa relação de liberdade e companheirismo.

Através de uma narrativa errante conduzida por uma mulher que escolhe o caminho como forma de existência, Suçuarana tensiona o colapso ambiental, o fracasso de um modelo econômico predatório e a urgência de imaginar formas de vida que abracem o coletivo. Mais do que chegar a um destino, a travessia de Dora é um convite a repensar o presente. Com distribuição da Embaúba Filmes, Suçuarana chega aos cinemas dia 11 de setembro.